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Após extinção há 70 anos, primeiras chitas chegam à Índia

Conhecidos também como guepardos, as cinco fêmeas e os três machos fazem parte do primeiro lote de animais reintroduzidos no país asiático

Uma chita descansa em uma clínica na Namíbia depois de ser preparada para a viagem à Índia - Reuters

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Rio de Janeiro

As primeiras chitas a serem reintroduzidas na Índia, onde desapareceram há 70 anos, viajaram nesta sexta-feira (16) a partir da Namíbia, num voo de 11 horas, informaram funcionários e veterinários. Um grupo com oito animais chegou ao país asiático por ocasião do aniversário do primeiro-ministro Narendra Modi, que completa 72 anos neste sábado (17).

Eles passarão por uma quarentena de um mês antes de serem soltos em um parque nacional no centro da Índia. Doados pelo governo namibiano, os oito chitas, também conhecido como onça africana ou guepardo, foram transportados num avião de carga especialmente fretado no aeroporto de Windhoek, capital da Namíbia, apelidado de "avião gato" e adornado com uma cabeça de felino na fuselagem.

Após um período de quarentena, as cinco fêmeas e os três machos vão começar uma fase de aclimatação na sua nova casa, o Parque Nacional de Kuno, situado a 320 quilômetros a sul de Deli. Pelo menos 20 guepardos estão vindo para a Índia da África do Sul e da Namíbia, lar de mais de um terço dos 7.000 chitas do mundo.

As chitas são os animais capazes de atingir velocidades de 113 km por hora - REUTERS

Especialistas em vida selvagem, médicos veterinários e três biólogos acompanharam os animais enquanto eles faziam a viagem transcontinental em um avião de passageiros Boeing 747 modificado.

De Gwalior, os guepardos foram transferidos de helicóptero para o Parque Nacional Kuno, no estado de Madhya Pradesh, onde foram soltos por uma delegação liderada por Modi. Eles são os animais terrestres mais rápidos do mundo, capazes de atingir velocidades de 113 km por hora. Especialistas dizem que uma combinação de caça, perda de habitat e escassez de alimentos levou ao desaparecimento da chita na Índia.

Cada chita receberá uma equipe de voluntários, que irá monitorar o movimento do animal. Coleiras de rádio via satélite foram colocadas nos bichos para suas atualizações de geolocalização.