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Hipopótamos de Pablo Escobar têm advogado e podem escapar da morte

Ação em nome dos animais recomenda esterilização em vez de eutanásia

Hipopótamos do narcotraficante Pablo Escobar em seu rancho na Colômbia - AFP

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São Paulo

Os hipopótamos do narcotraficante Pablo Escobar têm advogado, segundo o Gizmodo. Pela primeira vez nos Estados Unidos, um tribunal reconheceu os animais como pessoas jurídicas e isso pode ser a salvação deles, que vivem há anos ameaçados de serem sacrificados.

Na década de 80, quatro hipopótamos foram importados ilegalmente pelo narcotraficante quando ele formou um zoológico na fazenda Napoles , localizada em Doradal, na Colômbia. Ele também contrabandeou para o local dezenas de outros animais, como elefantes, avestruzes, zebras, camelos e girafas.

Em 1993, os policiais da Colômbia mataram Escobar e apreenderam a enorme propriedade, incluindo o zoológico. Os animais foram enviados para viver em outros zoológicos, exceto seus quatro hipopótamos. Eles eram difíceis de serem capturados e foram deixados no local.

Desde então, os hipopótamos se reproduziram e hoje somam 120 vagando pela bacia do rio Magdalena sem muito controle. Eles são considerados uma das principais espécies invasoras do mundo e têm causado sérios danos aos ecossistemas, além de representarem um perigo para os habitantes da área.

As autoridades avaliam um plano para matar os hipopótamos desde 2009 , e ele ganhou força recentemente, segundo o jornal El Tiempo. Em julho, o advogado colombiano Luis Domingo Gómez Maldonado entrou com uma ação em nome dos hipopótamos para salvá-los da eutanásia e recomenda a esterilização.

As autoridades colombianas anunciaram um plano para usar um anticoncepcional químico desenvolvido pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos para esterilizar "o grupo principal" dos hipopótamos, e a agência ambiental da região Cornare começou a implementar o plano na sexta-feira (15), que foram lançados contra 24 hipopótamos.

O processo defende o uso de um contraceptivo diferente, que diz ser mais seguro. Ele também observa que a proposta de lidar com os hipopótamos ainda pode deixar a porta aberta para que alguns deles sejam mortos.

Em entrevista ao El Tiempo, a bióloga Martha Patricia Ramírez Pinilla, bióloga da Universidade Nacional de Tucumán, na Argentina , e atual diretora do Laboratório de Biologia Reprodutiva de Vertebrados da Faculdade de Biologia da UIS (Universidade Industrial de Santander), em Bucaramanga, a castração química é uma solução que não retira imediatamente os animais do meio ambiente.

Para a especialista, uma forma eficaz de controlar a fertilidade dos hipopótamos deve ser repetir a dosagem para as fêmeas de vez em quando e de forma permanente. " Isso torna o procedimento muito difícil e caro", disse.

A bióloga ressaltou que a redução no número de indivíduos reprodutivos não será muito significativa. Além disso, o uso de anticoncepcionais para animais de grande porte, da forma como se destina, controlará os ciclos reprodutivos apenas por algum tempo.