A disputa judicial por tanque da 2ª Guerra que aposentado guardava no porão
O homem de 84 anos mantinha o veículo de guerra junto com uma arma antiaérea e um torpedo
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Advogados e promotores na Alemanha estão tendo dificuldades para definir o que fazer com um idoso aposentado que armazenou um tanque da 2ª Guerra Mundial, uma arma antiaérea e um torpedo no porão de casa.
Os itens foram removidos da residência dele, na cidade de Keikendorf, no norte do país, em julho de 2015, com auxílio do Exército. Promotores e advogados de defesa estão agora negociando possíveis penalidades, incluindo uma multa que pode chegar a 500 mil euros, o equivalente a mais de R$ 3 milhões.
O idoso de 84 anos também precisará encontrar novos lares para os itens de tamanho monumental. De acordo com o advogado dele, um museu nos Estados Unidos está interessado em comprar o tanque Panther. Vários historiadores argumentam que esse era o mais eficiente veículo usado pelas tropas alemãs na 2ª Guerra Mundial.
O advogado também disse que vários colecionadores alemães abordaram seu cliente, interessados em comprar rifles, pistolas e outros itens que ele mantém, segundo a imprensa local.
Numa audiência judicial em 26 de julho, na cidade de Kiel, a cerca de 100 km de Hamburgo, advogados tentavam decidir se a coleção militar do idoso violava a Lei Alemã de Controle de Armas de Guerra. A legislação regula a fabricação, venda e transporte de armas militares.
A defesa do homem de 84 anos argumenta que várias das armas não funcionam mais e que o tanque Panther foi comprado por ele como sucata. Eles estão considerando aceitar uma multa mais baixa, de 50 mil euros (R$ 300 mil), segundo o jornal Die Welt.
Enquanto isso, promotores afirmam que parte das armas mantidas pelo idoso ainda podem ser usadas. Em julho de 2015, foram necessários 20 soldados e quase nove horas para retirar o tanque Panther do porão do idoso e colocá-lo num veículo de carregamento para que fosse transportado. O tanque estava sem os pneus.
Autoridades locais teriam recebido a dica sobre a existência desses armamentos militares de colegas que atuavam em Berlim e que haviam vistoriado a casa do idoso antes em busca de arte roubada pelos nazistas. Uma decisão final sobre o caso deve ocorrer em agosto de 2021.