Entrar Sair

Você viu?

Brexit

Uri Geller, o ilusionista das colheres, diz que impedirá brexit usando telepatia

Israelense diz estar fazendo o possível para um segundo referendo

Já é assinante? Faça seu login

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O ilusionista israelense Uri Geller, 72, famoso principalmente por sua habilidade de entortar colheres, disse nesta sexta-feira (22) que irá impedir que o Reino Unido deixe a União Europeia usando a sua telepatia.

Geller escreveu uma carta aberta à primeira-ministra britânica Theresa May na qual diz que não irá permitir que o brexit seja concluído. Ele ainda afirma conhecer a primeira-ministra há 21 anos, e que previu que ela seria eleita anos antes de isso acontecer.

“Senti psiquicamente e com muita força que a maioria dos britânicos não quer o brexit", escreveu Geller. "Por mais que eu admire você, eu vou impedi-la telepaticamente de fazer isso – e acredite em mim, eu sou capaz disso. Antes de tomar este drástico curso de ação, apelo para que você pare o processo imediatamente, enquanto ainda tem uma chance”.

Geller disse ainda que o líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, jamais chegará ao posto de primeiro-ministro. Na carta, ele afirma que usa o poder de sua mente para garantir que Jeremy Corbyn não receba as chaves para o número 10 de Downing Street, o endereço da residência oficial dos primeiros-ministros britânicos.

Resultado de um plebiscito realizado em 2016, a saída do Reino Unido da União Europeia dividiu o país, derrubou um primeiro-ministro, ameaça um segundo e levou a um impasse entre Londres e Bruxelas; entenda como tudo aconteceu e quais os principais desafios para o "brexit" . Daniel Leal-Olivas - 12.dez.18/AFP/

Durante a campanha eleitoral de 2015, o então primeiro-ministro britânico, David Cameron (foto), prometeu organizar um plebiscito para debater a saída do Reino Unido da União Europeia, em uma tentativa de agradar a uma ala interna do Partido Conservador, que pressionava pela medida . Dan Kitwood - 4.mai.15/AFP/

Cameron venceu a eleição, e o plebiscito foi realizado no dia 23 de junho (na foto, eleitor em Londres); contrariando as pesquisas, o "brexit" venceu com 51,89% dos votos, contra 48,11% a favor da permanência no bloco . Leon Neal - 23.jun.16/AFP/

Favorável àpermanência na UE, Cameron renunciou ao cargo de primeiro-ministro logo após a vitória do "brexit"; uma de suas principais aliadas, Theresa May acabou sendo escolhida como sua sucessora e recebeu a aprovação da rainha Elizabeth . Dominic Lipinski - 13.jul.16/AFP/

Como primeira-ministra, May passou a negociar com a União Europeia e com os líderes do bloco, como a chanceler alemã, Angela Merkel (foto), um acordo entre os dois lados para ser implementado após a saída, mas conseguiu poucos avanços . Guo Yang - 24.jun.16/Xinhua/

Uma das principais questões da negociação é a fronteira entre a República da Irlanda (que continua na UE) e a Irlanda do Norte (parte do Reino Unido), já que elas têm um acordo que impede a criação de uma barreira física na divisa; outro pontos incluem um acordo de livre-comércio entre os dois lados, o valor de indenização que Londres deveria pagar a Bruxelas e a criação de regras para garantir os direitos dos cidadãos europeus que vivem no Reino Unido e dos britânicos que vivem em países do bloco . Paul Faith - 1º.dez.17/AFP/

No dia 29 de março de 2017, o embaixador do Reino Unido na União Europeia, Tim Barrow (esq.), entregou ao presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, a carta em que May confirma a saída do país do bloco; isso deu início oficial ao processo de divórcio, que foi marcado para dois anos depois, às 23h do dia 29 de março de 2019. Yves Herman - 29.mar.17/AFP/

O governo britânico passou a divulgar documentos com previsões para as consequências econômicas do "brexit", que em geral mostram problemas para o país (na foto protesto em Londres contra a possibilidade de que pessoas tenham que estocar comida); um deles apontou que a oferta de esperma para tratamentos de fertilidade poderia ser afetada . Peter Nicholls - 22.ago.18/Reuters/

Com a falta de acordo, grupos favoráveis à permanência na UE passaram a pedir um novo referendo, enquanto apoiadores do "brexit" pressionaram o governo para ter uma posição mais radical pela saída (na imagem, os dois lados fazem ato na frente do Parlamento); diante de uma iminente derrota na votação do Parlamento, May recua e adia votação do acordo pelo Parlamento. Tolga Akmen - 10.dez.18/AFP/

Depois de mais um ano de negociações, May e a União Europeia conseguiram chegar a um acordo, que foi aprovado pelos líderes europeus em 25 de novembro (na foto, a primeira-ministra dá entrevista após a confirmação); a decisão, porém, gerou uma crise no governo britânico, e parte do gabinete renunciou, insatisfeito com os termos . Philippe Lopez - 25.nov.18/AFP/

Acuada, a primeira-ministra britânica, Theresa May, faz uma "miniturnê" a fim de tentar salvar o acordo negociado por seu governo para o "brexit", mas volta para casa de mãos vazias; descontente, seu próprio partido, o Conservador, faz com que ela enfrente um voto de desconfiança, mas ela sobrevive. Odd Andersen - 11.dez.18/AFP/

Enquanto não há acordo, na manhã deste sábado (23), centenas de milhares de opositores à saída do Reino Unido da União Europeia marcharam pelo centro de Londres para exigir um novo referendo.

Não há estimativa oficial de participantes, mas organizadores apontam que este deve ser, provavelmente, o maior protesto contra o brexit já realizado. Após três anos de um árduo debate, ainda é incerto como, quando e até mesmo se o brexit ocorrerá.

Na quinta-feira (21), a UE concordou em adiar ao menos até 12 de abril o Dia D do brexit, dando a May mais duas semanas para resolver o imbróglio da aprovação do “acordo de divórcio” pelos deputados.

relacionadas