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Record perde ação na Justiça contra tiktoker por dizer que ele plantava cogumelos alucinógenos

Victor Han tem 2 milhões de seguidores e viralizou com vídeos de conteúdo educativo; OUTRO LADO: Record não comenta

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Victor Han: tiktoker ensinou seus seguidores a cultivarem shimeji, cogumelo bastante usado na gastronomia - Reprodução/Record

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Aracaju

A Record foi condenado a indenizar o tiktoker Victor Han por ter afirmado, em uma reportagem exibida no telejornal Fala Brasil e na Record News, seu canal de notícias, que ele ensinaria seguidores a plantar drogas nas redes sociais. O caso viralizou em 2023.

O F5 teve acesso à condenação, que aconteceu em segunda instância na 2ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O caso ainda cabe recurso em esferas maiores da justiça nacional, como o STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Victor Han tem 2,1 milhões de seguidores no TikTok e costuma viralizar com conteúdos informativos e curiosidades. Em um destes vídeos tutoriais, Han ensinava a cultivar cogumelos do tipo shimeji, bastante utilizados na gastronomia, principalmente a oriental.

No entanto, em setembro do ano passado, em uma reportagem sobre tráfico de drogas nas redes sociais, a Record usou o vídeo para dizer que Han era um "traficante de cogumelos ilegais", citando o seu nome como um dos responsáveis por uma quadrilha.

"A ré (Record) deturpou seu conteúdo, colocando Victor como traficante de cogumelos alucinógenos, não apenas na televisão, mas no site oficial e nas redes sociais das empresas", diz a defesa de Victor Han.

O tiktoker disse que precisou interromper o seu trabalho para esclarecer aos seus seguidores que não estava envolvido em atos criminosos.

"O conteúdo das matérias foi suficiente para identificar seu trabalho e sua pessoa, causando violação à sua imagem, honra e grande desgaste emocional", afirmam os advogados de Han.

A Justiça concordou com o entendimento da defesa do tiktoker, e determinou que a Record pagasse uma indenização de R$ 8 mil. Victor Han havia pedido R$ 20 mil, e pode recorrer para conseguir aumentar o valor.

Procurada pelo F5, a Record não comenta casos judiciais. A defesa do influenciador confirmou a condenação.