Casas de apostas aumentam presença na TV, mas ainda têm participação pequena
Levantamento mostra que presença comercial das bets ainda não é tão grande quanto parece, apesar de se multiplicar em horários especificamente ligados ao esporte
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A impressão é a de onipresença. Parece que basta ligar a televisão para ver o anúncio de uma casa de aposta, em qualquer canal. Mas pode não passar disso: apenas impressão.
Levantamento obtido pelo F5 mostra que, ao contrário do que se poderia imaginar, as chamadas bets ainda ocupam pouco espaço nas emissoras, exceto em horários específicos, ligados ao esporte.
Realizado pela plataforma de monitoramento de campanhas publicitárias Tunad, o estudo mostra que as bets representaram menos de 3% dos anúncios realizados em comerciais na televisão brasileira aberta. A pesquisa inclui comerciais na Globo, na Record, no SBT, na Band, na TV Cultura e na RedeTV! entre janeiro e maio deste ano.
O maior índice (2,9%) foi em abril, no início do Campeonato Brasileiro. Entre janeiro e março, foram 2,1%. Em maio, a presença foi de 2,7%. Em 2023, no mesmo período, as casas de apostas tinham 2% de presença.
O número cresce de maneira considerável quando se foca intervalos de programas ou eventos esportivos, chegando a 20% dos intervalos em maio.
Entre as marcas relacionadas às apostas esportivas que anunciam na TV, a que mais aparece é a Betano, com uma participação de 23% nos intervalos. O segundo lugar fica com a novata Superbet, que começou a operar neste ano no Brasil, com 17%.
Sportingbet com 11%, Esportes da Sorte, com 6%, e Betsul, com 5% completam o top 5. As demais marcas, juntas, somam 38% dos anúncios, o que, para a Tunad, mostra que o mercado está cada vez mais inundado desse tipo de pequeno anunciante.
"A participação de 38% representada pelas demais marcas mostra a grande diversidade no mercado, refletindo a presença de muitas empresas menores que, juntas, possuem uma parcela significativa do investimento total", diz o levantamento.
O monitoramento foi realizado com base nos intervalos comerciais de TV aberta da Grande São Paulo, principal mercado de televisão do Brasil, e também levou em conta a TV paga. Ao todo, 170 canais foram monitorados para o estudo.