Televisão

Corinthians atrasa definição de direitos de TV por causa de 'caos' e incomoda ligas e Globo

Segundo maior clube de futebol do país em número de torcedores vive pressão interna para definir seu rumo para transmissão de partidas do Campeonato Brasileiro a partir de 2025

Augusto Melo é presidente do Corinthians: atraso para definir futuro de direitos de TV causa incômodo - Zanone Fraissat/ Folhapress

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São Paulo

Além de todos os problemas extracampo que vem enfrentando, o Corinthians tem mais um para resolver: a definição sobre a venda dos direitos de transmissão de seus jogos na TV a partir do Campeonato Brasileiro de 2025.

A demora para sacramentar a situação está incomodando as duas ligas organizadas, a Libra, que conta com Flamengo, Palmeiras e São Paulo, e a Liga Forte União, que tem times paulistas e clubes como Fortaleza, Botafogo e Fluminense.

Segundo apurou o F5, o Corinthians disse, meses atrás, que resolveria tudo até o fim do primeiro semestre. Não será isso o que vai acontecer, já que a definição será adiada em mais algumas semanas.

As duas ligas mantêm conversas com o time paulista. Quem também fez proposta ao clube foi a agência de marketing esportiva Brax, prometendo um valor acima de R$ 200 milhões por ano. A Brax entende o momento atual e aguarda resposta.

A mais incomodada com a demora é a Libra, que tem contrato com a Globo. Ter o Corinthians seria uma grande resposta ao avanço da LFU, que tem tido sucesso em convencer que seu modelo de negócio é mais vantajoso para os associados.

No caso da Globo, a emissora não esconde seu descontentamento com a indefinição, até porque a presença do Corinthians em um pacote muda a forma de vender o Campeonato Brasileiro para anunciantes.

A Globo começa a negociar patrocínios para suas transmissões de futebol ainda no primeiro semestre. O valor do negócio depende do que ela tem para oferecer. Com a Libra, a Globo já mantém o número de jogos que faz em TV aberta normalmente, mas com o Corinthians, teria um plus para oferecer.

A interlocutores, o presidente corintiano Augusto Melo tem afirmado que todas as propostas já estão com o departamento jurídico, e que a questão deve ser definida em breve. O problema é que todo mundo quer saber quando para seguir a vida.

Nos últimos dias, o Corinthians está vivendo tempos de caos. O goleiro Carlos Miguel, substituto do agora cruzeirense Cássio, também está de saída, deixando como opções os menos experientes Matheus Donelli e Felipe Longo.

Pouco depois, a VaideBet anunciou a rescisão unilateral do contrato de patrocínio com o clube, apresentado com pompa em janeiro, como o maior da história do futebol brasileiro.

A decisão minou o presidente Augusto Melo, que é investigado por esse acerto com a casa de apostas e viu mais dois dirigentes importantes desembarcarem de sua gestão: o diretor financeiro, Rozallah Santoro, e o diretor-adjunto de futebol, Fernando Alba, que na prática era o diretor –o titular, Rubens Gomes, o Rubão, já tinha pulado fora.