SBT faz mudança tímida para melhorar audiência em 2024 e lança nova programação
Ao todo, serão dez novos programas para tentar recuperar relevância perdida nos últimos anos
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Sem a mão de Silvio Santos e com liderança de Daniela Beyruti, filha do apresentador e dono da emissora, o SBT tenta fazer uma revolução ao seu modo e com investimento limitado. Nesta segunda (11), a emissora lança um pacote de novas atrações para a programação de 2024.
Ao todo, serão dez produções. Seis delas estreiam neste mês de março: Chega Mais e Tá na Hora, que serão diários, além dos semanais Circo do Tiru, Lucas Toon, SBT Agro e É Tudo Nosso. O Podnight, exibido nas madrugadas, estreou no fim de fevereiro.
Outros dois projetos estreiam posteriormente: o Sabadou com Virginia, apresentado pela influenciadora Virginia Fonseca, começa somente em abril nas noites de sábado. Já o Eita Lucas, com Lucas Guimarães, outra figura célebre da internet, ainda não tem data de estreia.
A novidade que mais chama a atenção é o novo SBT Brasil, o principal telejornal da emissora. Após nove anos, César Filho deixou a Record e voltou à TV de Silvio Santos para liderar uma ideia de revolução, que lembra o que foi feito com o TJ Brasil nos anos 1980, quando lançou Boris Casoy como âncora de TV.
A ideia é tornar o telejornal mais conversado, sem formalismos. "Vai ser um jornal desengravatado e sem bancada. Manteremos o conteúdo. Só a maneira de ser apresentado é que vai ser bem diferente daquilo que o público está acostumado… Sempre gostei de ser um pouco diferente", afirmou César.
Outra atração que chama atenção é o É Tudo Nosso, comandado por Benjamin Back, apresentador conhecido por liderar debates esportivos. O show vai misturar quadros de auditório com pegada de humor, em referência especial ao extinto Pânico na TV (2003-2012). Junto com Benja, estarão Maurício Mano, Helen Ganzarolli e o humorista Victor Sarro.
"Os pilotos que fizemos tiveram coisas absurdas que rolaram que eu tinha certeza de que eram armadas pela produção… Qual é a grande graça do programa? É que ele é a cara do SBT para uma sexta-feira à noite. Não é um programa de humor, é um programa que tem bom humor", diz Benja.
Mas o formato mais polêmico é o Tá na Hora. Inspirado no famoso Aqui Agora, um sucesso estrondoso na emissora entre 1991 e 1997, o programa irá ao ar das 17h30 às 19h45, e terá a missão de enfrentar José Luiz Datena na Band e Luiz Bacci na Record, dois âncoras policiais já consolidados.
Christina Rocha, que comandou o antigo Aqui Agora, estará ao lado de Marcão do Povo, contratado pelo SBT desde 2017 e um colecionador de polêmicas. Comandante Hamilton, antigo parceiro de Datena, também fará a atração.
"Vai ser muito interessante porque vamos pegar um horário danado, com monstros sagrados no horário, mas tenho certeza de que o Tá na Hora vai pegar", diz Christina.
A mudança no SBT não é feita à toa. Nos bastidores, não se aposta em um crescimento de audiência exponencial, mas em um aumento de faturamento importante para investimentos maiores nos próximos anos, e em um aumento de relevância, que foi perdida recentemente.
Atualmente, o SBT tem médias diárias na casa dos 3 pontos de audiência na Grande São Paulo. Cada ponto equivale a 191 mil telespectadores. Se antes brigava com a Record de forma ferrenha pelo segundo lugar, a TV de Silvio Santos hoje chega a perder da Band com frequência em alguns horários.
Por isso, existe a sensação de "vai ou racha" dentro da emissora. Sem muita margem para investimentos, o SBT se virou e apelou para veteranos e atrações que tem seu estilo consagrado. Daqui a algum tempo, a TV espera colher os frutos.