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Sem UFC, lutas de famosos como Whindersson e Popó aumentam audiência do canal Combate

Com perda dos direitos de exibição do mais conhecido evento de MMA no país, Globo aposta nos duelos de celebridades, e se dá bem

Acelino Freitas, o Popó: lutas de espetáculo com ex-pugilista faz Combate, canal da Globo, subir em assinaturas - Eduardo Knapp/Folhapress

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Sem os direitos de transmissão do UFC (Ultimate Fighting Championship) desde o fim de 2022 (por decisão do empresário Dana White, dono da marca, de investir em um sistema próprio de pay-per-view), pode-se dizer que a Globo não tem sentido falta das lutas de MMA do evento americano.

Pelo contrário. O canal Combate, dedicado a lutas e artes marciais, conseguiu ampliar sua base de assinantes nos primeiros meses de 2023 e aumentou o faturamento para o grupo de comunicação.

O F5 teve acesso a números do primeiro semestre. Entre janeiro e junho, a base de assinantes do Combate, já sem o UFC, ficou na casa dos 300 mil mensais. Em 2022, último ano do UFC no Combate, a Globo tinha cerca de 240 mil clientes, somando as assinaturas via operadoras de TV por assinatura e o serviço de streaming Globoplay.

O que pode explicar essa audiência é que, para reforçar o Combate, a Globo foi atrás dos eventos concorrentes do UFC internacionalmente: o One Championship, que estava na RedeTV!; e o Bellator, que tinha contrato com a ESPN até o fim de 2022. O Jungle Fight, maior evento de MMA do Brasil, foi readquirido e voltou a fazer parte da programação.

Mas a grande sacada parece ser a transmissão ao vivo de lutas envolvendos famosos. O canal passou a mostrar com exclusividade combates que envolvem influenciadores como Whindersson Nunes e o ex-campeão mundial de boxe Acelino Popó Freitas.

Essas lutas trazem muitos assinantes avulsos, que só pagam para ver um evento em específico, e sobem a média base de assinantes mensais.

O fator financeiro também contribuiu. A Globo reduziu o valor da mensalidade do Combate, que passou a custar cerca de 50% a menos em relação ao início de 2022. Se mantiver esta média de clientes, a Globo terá uma arrecadação de R$ 71,6 milhões em 2023 somente com a venda de pacotes.

Procurada pelo F5, a Globo enviou a seguinte nota: "A Globo segue acreditando na força dos esportes de luta, que ganham ainda mais espaço em 2023, não só com a ampliação do portfólio do Canal Combate, mas também com a estreia da Faixa Combate na TV Globo. O Combate reforça seu objetivo de trazer o melhor para os fãs de cada modalidade. O canal seguirá comprometido em disponibilizar um portfólio cada vez mais completo e diversificado para seus assinantes".