Televisão

Boninho e Tatá Werneck ironizam sócios da RedeTV! por dívida de R$ 137,8 milhões

Quantia se refere a processo movido pela massa falida da Petroforte

Boninho - João Miguel Júnior/Globo

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O diretor Boninho e Tatá Werneck alfinetaram os donos da RedeTV!, Almicare Dallevo Júnior e Marcelo de Carvalho, que tiveram seus bens bloqueados pela Justiça por causa de uma dívida da emissora estimada em R$ 137,8 milhões.

Na tarde desta terça (29), em publicação no Instagram, o diretor do Big Brother Brasil e do The Voice publicou uma foto da notícia sobre a decisão judicial e escreveu: "@tatawerneck, agora entendi". "Mas eu vou doar um shorts para eles, que paga", respondeu a humorista nos comentários.

Ambos se referiam ao processo em que a RedeTV! pede indenização de R$ 50 mil à humorista por uma piada que ela fez durante o Prêmio Multishow 2020. Na ocasião, ela disse: "Gente, não repare, eu vim de moto direto, entendeu? Eu vim assim. Peguei [a roupa] no varal, está molhada ainda." "Isso aqui é o orçamento de uma grade da RedeTV!. Pelo amor de Deus, gente, não quero que vocês reparem."

Segundo o colunista Rogério Gentile, do UOL, a decisão de bloquear os bens de Dallevo Júnior e Carvalho foi tomada pela juíza Maria Rita Rebello Pinho Dias, da 3ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, em processo movido pela massa falida da Petroforte Brasileiro de Petróleo, e tem origem em empréstimos obtidos pela emissora junto ao Banco Rural. Esse crédito foi comprado do banco por uma das empresas do grupo Petroforte, que faliu.

De acordo com Gentile, em um primeiro momento, a Justiça havia determinado a penhora de cotas do capital da RedeTV!, mas a massa falida recorreu alegando que elas não devem ser suficientes para a quitação do débito. A juíza, então, determinou os bloqueios dos bens dos empresários até que um perito avalie o valor das cotas.

Procurada pelo F5, a RedeTV! não se manifestou até a conclusão deste texto. Ao colunista Gentile, o advogado José Carlos Etrusco Vieira, que representa a emissora, disse que a RedeTV! não reconhece a dívida. Afirmou também que vai recorrer da decisão que bloqueou os bens de Dallevo Júnior e Carvalho. O advogado afirmou ainda que a emissora já teria dado à Justiça as garantias necessárias sobre a capacidade de arcar com o eventual pagamento, sem necessidade de recorrer aos bens particulares dos empresários.

PROCESSO CONTRA TATA

Na ação contra Tatá Werneck, a RedeTV! diz que ela fez chacota e usou de ironia para criticar "grosseiramente" a qualidade de toda a grade de programação e a capacidade financeira da emissora.

O advogado Ricardo Brajterman, responsável pela defesa da apresentadora do Lady Night (Multishow) classificou o processo como "uma piada pronta contra a RedeTV!"."A fala de Tatá não tem ofensa, agressividade, discurso de ódio ou de segregação, como havia, por exemplo, no programa Pânico, que fez a RedeTV! ser condenada em dezenas de processos", comparou.

"Tatá agiu dentro dos limites constitucionais da liberdade de expressão e da liberdade artística, fazendo uma brincadeira que ela faz com todos, inclusive com suas contratantes."

"Parece que a RedeTV! quer aparecer na mídia utilizando a imagem de pessoas de bem, como faziam no Pânico, explorando a imagem de atores, cantores e apresentadores, sem autorização e sem contrato prévio, pois não tinha capacidade econômica para investir num elenco exclusivo e de qualidade", continuou.

"Se a RedeTV! está tão mal das pernas, não precisava embarcar nessa aventura judicial", afirmou."Bastava pedir para minha cliente, pessoa sensível e generosa, que ela certamente doaria os R$ 50 mil pedidos no processo para ajudar o canal."

Tatá, por sua vez, já tinha se manifestado sobre o assunto nas redes sociais. Ela relembrou uma publicação de Marcelo de Carvalho, de outubro de 2019, em que ele colocou o link de uma reportagem sobre como as "brincadeiras" de Faustão com a própria equipe poderiam ser caracterizadas como assédio moral.

"Minha solidariedade ao Faustão. Isso de 'politicamente correto' é um saco", comentou. "Coisa de patrulhinha de esquerda. Todo mundo sacaneava todo mundo, todo mundo levava na boa. Agora é 'bullying'. Falta de inteligência, idiotice. Daqui a pouco nem piada pode mais."