Nerdices

Funcionários dos EUA advertem para riscos do app chinês TikTok

Agente do FBI diz que app pode coletar medidas corporais e faciais, e detalhes de contas bancárias

App Tik Tok - Dado Ruvic/Reuters
Washington

Funcionários dos Estados Unidos pediram atenção aos potenciais riscos de segurança do TikTok, e um legislador lançou um projeto de lei para proibir a instalação deste aplicativo chinês de vídeos nos dispositivos operados pelo governo.

Em audiência no Senado, funcionários do FBI e dos departamentos de Justiça e Segurança Doméstica disseram que os serviços de Inteligência chineses poderiam explorar o aplicativo.

O senador Josh Hawley, que convocou a audiência, anunciou o lançamento de um projeto de lei para proibir a instalação do TikTok em todos os aparelhos do governo, ao qualificar o aplicativo de um "importante risco de segurança de segurança para o público americano".

Estima-se que o TikTok, muito popular entre adolescentes, foi o aplicativo mais baixado em nível mundial no ano passado, mas funcionários dos Estados Unidos expressaram preocupação com seus vínculos com o governo de Pequim.

"O TikTok é um exemplo de aplicativo sobre o qual o cidadão médio não entende as implicações do que há por trás", disse Clyde Wallace, da divisão do FBI dedicada a crimes cibernéticos. "Basicamente está controlada por um ator com apoio estatal".

Ele acrescentou que os aplicativos das redes sociais chinesas podem coletar dados pessoais, incluindo medidas corporais e faciais, listas de contatos, localização e detalhes de contas bancárias e cartões de crédito.

"A China tem programas impressionantes de coleta de dados, assim como o desenvolvimento de inteligência artificial e análise se dados para propósitos que não conhecemos de todo (...) E isso deveria nos preocupar enormemente", disse Bryan Ware, um funcionário de cibersegurança do Departamento de Segurança Doméstica.

"Não deve haver nenhum lugar para aplicativos como o TikTok em aparelhos ou redes de governo", acrescentou. A TikTok informou que suas operações não são influenciadas pelas autoridades chinesas.

AFP