Taylor Swift: Fã que teria sido medicada com Rivotril ao passar mal no Rio relata pânico de ir aos shows em SP
Mariana Marcarini estava na mesma noite em que Ana Benevides morreu; ela tinha ingressos para as três noites no Allianz Parque e já revendeu dois; 'Só vou se minha mãe for'
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Os acontecimentos sinistros no Rio de Janeiro durante a passagem de Taylor Swift pela cidade, na última semana, assustaram o mundo e chegaram ao ponto de afetar o bem estar mental de fãs da cantora. Uma das swifties presentes na apresentação da última sexta-feira (17), no Engenhão, era Mariana Marcarini, 23.
Foi neste show que morreu Ana Clara Benevides, jovem que passou mal quando Taylor cantava a segunda música, "Cruel Summer". Ela chegou a ser levada para o hospital, mas foi vítima de parada cardiorrespiratória. Mariana ficou bastante impactada quando soube do ocorrido.
Ela havia saído de Guarulhos, São Paulo, e estava hospedada no bairro de Copacabana. Além do show no Rio, Mariana também tinha planos de assistir às três apresentações de Taylor em São Paulo, que acontecem em 24, 25 e 26 de novembro.
Mais do que planos, Mariana tinha em mãos os disputados ingressos para todos esses dias. Ela foi uma das milhares de pessoas que passaram mal no Engenhão no último dia 17, em meio a sensação térmica de 60ºC, e perdeu mais da metade do show na enfermaria. "Mediram minha pressão e me deram um remédio sublingual ("Clonazepan", me disse a moça que me atendeu) e mais um para enjoo", conta.
Mariana voltou para Guarulhos abalada e decidiu vender as entradas para os dois primeiros shows em São Paulo. Diz que só vai à apresentação de domingo (26) se sua mãe a acompanhar. Leia abaixo seu relato.
"Sou muito fã da Taylor e estava animada demais para ir ao show. Animada mas também assustada, porque nunca tinha ido ao Rio, ainda mais sozinha, e para um evento enorme como esse. Eu tinha o ingresso VIP para a cadeira inferior, o me que garantia entrada antecipada ao estádio.
Mas, no dia não foi o que aconteceu. O VIP poderia entrar das 15h às 15h45, enquanto a entrada geral começava às 16h. Não entrei antecipadamente. Quando eram 15h45 eu ainda estava na rua, pelo menos era um lugar com sombra. Justamente o lado do estádio em que fiquei batia sol, então das 16h até 17h40 estava torrando.
Como não podia entrar com água, desde o momento que cheguei, comecei a saga de comprar uma garrafa, ou talvez um refrigerante. Os preços eram absurdos e gastei R$ 100 reais para me hidratar (os preços variavam entre R$ 8 e R$ 10).
Eu imagino que nas arquibancadas, deveria ter mais ventilação, mas onde eu estava era um bafo quente insuportável, que só piorava. Quando a Taylor entrou, eu já me sentia um pouco zonza. Na metade do show, saí do meu lugar e fui comprar uma pipoca porque achei que era fome, mas mesmo assim continuei me sentindo mal.
Fui ao posto médico, mediram minha pressão e me deram um remédio sublingual ("Clonazepan", me disse a moça que me atendeu) e mais um para enjoo. Como eu ainda não estava muito bem, me deram soro na veia e isso foi até o fim da apresentação, escutei o resto todo o show por lá. Voltando para casa, me deu um sentimento muito estranho.
Foi quando li sobre a morte da Ana e fiquei com isso na cabeça, pensando que poderia ter sido eu. Desde então estou muito mal, tive crises de pânico, e isso me fez querer desistir de ir aos shows de São Paulo. Estou tentando ao máximo me acalmar, tirei as notificações do X (antigo Twitter) porque só tem notícia ruim e isso me fazia piorar.
É certeza que minha mãe vai, estou contando com isso. Mas, se realmente acontecer algo e ela não for, prefiro não ir também. Não vou encarar outro show desses sozinha de jeito nenhum, por mais fã da Taylor Swift que eu seja".