Justiça Federal suspende a gravação de DVD do cantor Dilsinho em Ouro Preto
Prefeitura da cidade mineira confirma show 'Diferentão 2' mesmo com uma multa de R$ 1 milhão em caso de descumprimento da ordem
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A Justiça Federal suspendeu a gravação do DVD do cantor Dilsinho, marcado para este domingo (10), em Ouro Preto, Minas Gerais. A decisão foi publicada na noite desta sexta-feira (8) pelo juiz João Batista Ribeiro, que também impôs uma multa de R$ 1 milhão à organização do evento em caso de desobediência ao despacho.
Apesar da decisão judicial, a Prefeitura de Ouro Preto emitiu um comunicado afirmando que o show, intitulado "Diferentão 2", na Praça Tiradentes, estava confirmado. Eles mencionaram que o Corpo de Bombeiros da cidade atestou as condições de segurança para a realização do evento.
A decisão da Justiça questiona a realização de um evento de grande porte na Praça Tiradentes, que sofreu um incêndio no Museu da Inconfidência há dois meses devido a uma sobrecarga elétrica. Além disso, ela cobra a investigação e resolução do caso e aponta a ausência de um Plano de Gestão de Risco para o Conjunto Urbano Tombado de Ouro Preto.
O F5 procurou a assessoria do cantor Dilsinho neste sábado (9) e não obteve resposta.
Na segunda-feira (4), o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) haviam recomendado a suspensão do evento "Diferentão 2" em Ouro Preto. As autoridades alegaram a falta de autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e também citaram preocupações com o risco de incêndio
Leia a nota da Prefeitura de Ouro Preto na íntegra:
A Prefeitura de Ouro Preto esclarece que toda a documentação para a realização da gravação do DVD "Diferentão 2", agendada para o dia 10 de setembro, na Praça Tiradentes, em Ouro Preto, já foi enviada aos órgãos competentes, tendo obtido o aval do Corpo de Bombeiros que atestou as condições de segurança em relação à realização do evento.
Neste sábado, 9 de setembro, fomos surpreendidos com decisão da Justiça Federal determinando a suspensão do evento. Nossa Procuradoria Municipal tomou as providências jurídicas cabíveis, alicerçadas em informações que consubstanciam e comprovam o cumprimento das exigências dos órgãos envolvidos, e apresentou recurso em juízo.
A produção de Dilsinho se dispôs a efetuar o recurso das torres metálicas tendo sido impedida pela Polícia Militar em razão da liminar concedida.
Com base nas aprovações de todas as entidades concernidas, o recurso ao juiz estará bem e suficientemente fundamentado, de modo a que seja mantida a atividade há muito agendada.