Após 'três anos tristes' de separação, McFly retorna sem pretensão de parar
Banda adiou shows no Brasil por pandemia de coronavírus
A banda inglesa de pop rock McFly presenteou seus fãs ao confirmar, em setembro do ano passado, que voltaria aos palcos. O anúncio foi seguido do lançamento de novas músicas e de uma turnê marcada para 2020, que inclusive tem passagens programada por sete cidades no Brasil –anteriormente previstas para março, mas adiadas para setembro e outubro por conta da pandemia de coronavírus.
O quarteto se separou em 2016, após ter lançado hits como "Love is Easy", "5 Colors in Her Hair" e "Falling in Love". De lá para cá, o foco dos músicos foi redirecionado dos palcos para a vida pessoal: Tom Fletcher, Harry Judd e Danny Jones se dedicaram aos filhos pequenos que tinham (ou que estavam para nascer), e Dougie Poynter à sua lista de projetos paralelos, que já envolveu uma marca de roupas e até alguns filmes.
E engana-se quem pensa que o retorno da banda é algo passageiro. Para a felicidade dos fãs, Harry já garantiu que o plano de todos eles é continuar na música por um bom tempo.
“Eu nunca pensei que nós faríamos uma pausa de três anos, honestamente, mas fizemos. E eu tenho certeza que foram os piores 3 anos dos 16 anos que conhecemos uns aos outros. Então acho que ninguém mais quer fazer isso. Estou muito confiante que ficaremos juntos para sempre, ou pelo menos por um longo tempo”, conta o baterista em entrevista ao F5.
Harry afirma que sempre se sentiu pressionado pelos fãs para a reunião do grupo, mas que enxerga isso de uma forma positiva, “porque significa que as pessoas se importam”. A decisão foi tomada em março de 2019, mas apenas seis meses depois eles anunciaram ao público.
“Meus filhos ficaram super animados. Eles foram ao show que fizemos ano passado e ficaram muito felizes com nossa volta. McFly foi uma grande parte de todos nós, inclusive das nossas famílias e amigos”, diz Tom Fletcher. "Minha mãe ficou muito feliz, ela ama o McFly", brinca Dougie Poynter.
O tempo separados, segundo eles, pouco fez diferença para a relação entre os amigos. “Nada mudou, na verdade. Nós, talvez, estejamos um pouquinho só mais maduros. Mas literalmente só um pouquinho, porque nós precisamos ser, porque temos filhos”, afirma Harry.
“Em alguns aspectos, eu me sinto exatamente da mesma forma que me sentia 17 anos atrás, quando a banda começou. Como uma criança”, brinca Dougie. “Mas eu acho que amadurecemos como banda, musicalmente, e acho até que aproveitamos mais o processo agora. Estivemos no estúdio e sentimos que sabíamos o que estávamos fazendo”.
Os anos também fizeram com que o quarteto amadurecesse seus gostos musicais e pudessem trazer uma diversidade maior para o repertório do grupo –Dougie, por exemplo, diz estar "fissurado" pela dupla americana Twenty One Pilots. Segundo Harry, eles estão trabalhando em algo “muito diferente" do que foi feito no passado, “indo em uma direção nova”, mas sem deixar de ser o McFly.
Além das novas composições, boa parte dos lançamentos recentes do grupo já haviam sido apresentados ao público antes de a banda se separar. É o caso das músicas “Red" e "Touch The Rain", que chegaram a ser performadas em shows e gravadas por fãs, que as divulgaram na internet há anos.
Harry diz que, realmente, há músicas que eles escreveram e apresentaram em 2011, mas que foram arquivadas quando eles começaram a ir para "uma direção diferente", ao lançar canções como "Love is on the Radio" e formando o McBusted (grupo com membros das bandas McFly e Busted), que fez mais sucesso do que esperavam.
"Pensamos que, agora que voltamos, queríamos lançar algumas das músicas que temos. Nós nos sentimos muito frustrados que nunca lançam os, e acho que os fãs que sabiam das músicas também”, diz o baterista.
Tom acrescenta que, musicalmente, eles não continuarão suas carreiras solo agora, mas que devem continuar projetos paralelos –o vocalista, por exemplo, já lançou uma série de livros chamada "The Dinossaur That Pooped..." em parceria com Dougie. Em 2016 e 2017, lançou sozinho outros dois livros do mesmo gênero.
Agora, eles se preparam para a chegada ao Brasil e os shows que acontecerão em São Paulo (24/09), Curitiba (25/09), Porto Alegre (27/09), Uberlândia (29/09), Ribeirão Preto (1º/10), Belo Horizonte (03/10) e Rio de Janeiro (04/10).
O quarteto diz lembrar com clareza da última passagem pelo país, em 2012, quando fizeram "um dos melhores shows da banda", segundo Dougie. "Foi muito intenso e alto. Vocês tornaram tudo mais fácil para nós", diz ele, torcendo para que possam passear pelo país, e revelando que tem o sonho de conhecer as cachoeiras de Foz do Iguaçu –mas que isso talvez fique para uma próxima viagem.