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Música

Madonna critica artigo do NYT sobre sua vida aos 60 anos e diz que se sentiu estuprada

Cantora também criticou o jornal e afirmou lutar contra um patriarcado

Madonna durante apresentação na Billboard Music Awards - Ethan Miller/Getty Images/ AFP
São Paulo

A cantora Madonna usou suas redes sociais nesta quinta-feira (6) para criticar um artigo do jornal The New York Times sobre sua vida aos 60 anos. “Dizer que fiquei desapontada seria um eufemismo”, afirmou a cantora, que chegou a fazer uma analogia ao estupro que sofreu aos 19 anos.

“Sinto muito por ter passado cinco minutos com ela [a jornalista]. Isso me faz sentir estuprada. E, sim, eu posso usar essa analogia já que eu fui estuprada”, afirmou a cantora em sua conta no Instagram. “Mais uma prova de que o New York Times é um dos pais fundadores do patriarcado”.

Capa do disco "Madonna", de 1983, quando a artista começa a despontar. Faixas são recheadas de raftwerk, sintetizador e pop açucarado, caso de “Physical Attraction”, “Think of Me” e “I Know It”. /Divulgação

Em um dos seus discos mais icônicos, Madonna surge em "Like a Virgin", de 1984, que inclui faixas como “Material Girl” e “Pretender” . /Divulgação

A cantora concilia sucesso comercial (é seu disco mais vendido) com pessoal: o casamento com o ator Sean Penn. Faixas como “La Isla Bonita” e“Papa Don’t Preach” se tornaram hinos obrigatórios com o lançamento de True Blue, em 1986. /Divulgação

Com o término do casamento abusivo com Sean Penn, a cantora explora a dicotomia do coquetel de sexo e religião em "Like a Prayer", de 1989. /Divulgação

No auge da house music, Madonna encarna o alterego Dita Parlo e propõe uma revolução sexual em "Erotica", de 1992. /Divulgação

Após a orgia sonora de “Erotica” ,Madonna aposta no R&B suave e flerta com eletrônica em “Bed Time Story”, de 1994 . /Divulgação

Guitarras, acidhouse e mantras em sânscrito tomam conta do "Ray of Light", de 1998, reflexo do nascimento de Lourdes Maria, sua 1ª filha. /Divulgação

Início da fase europeia, Madonna adota um sotaque inglês e flerta com a house francesa em "Music", de 2000. /Divulgação

Mergulhada nos ensinamentos da cabala, as canções autocríticas aprofundam a “folktrônica” iniciada em “Music” no disco "American Life", de 2003. /Divulgação

O fiasco comercial de “American Life” fez Madonna tirar o collant roxo do armário e abraçar a dance music em "Confessions on a Dance Floor", de 2005. /Divulgação

Madonna recruta os produtores Pharell e Timbaland para retomar o mercado americano com o ultra dançante "Hard Candy", de 2008. /Divulgação

Primeiro disco pós-Lady Gaga e divórcio de Guy Ritchie, "DNA" é o mais fraco da discografia. /Divulgação

Disco "Rebel Heart", de 2015, reúne as melhores canções de Madonna em anos. Reprodução/

O artigo intitulado “Madonna aos sessenta” foi publicado nesta quarta (5) mostrando a preparação da cantora para o Billboard Music Award, comentando sua nova música, “Medelín”, gravada em parceria com o colombiano Maluma, a vida dela em Portugal, além de fazer algumas comparações com sucessos atuais da música, como BTS e Taylor Swift.

“A jornalista passou dias e horas comigo e foi convidada para um mundo que muitas pessoas não podem ver, mas optou por focar em assuntos triviais e superficiais, como o tecido das minhas cortinas, e intermináveis ​comentários sobre minha idade, que nunca teriam sido feitos se eu fosse um homem!”, escreveu Madonna.

A cantora ainda termina seu comentário falando que continuará lutando contra esse “patriarcado”. “Parece que não se pode corrigir a sociedade e sua necessidade interminável de rebaixar, denegrir e depreciar o que sabe que é positivo. Em particular, as mulheres fortes e independentes”.

 

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