Iris Apfel: quem era a estilista e 'ícone da moda' americana morta aos 102 anos
Nascida em uma família judia em Nova York em 1921, Apfel inicialmente estudou história da arte e se especializou em design de interiores
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A estilista americana Iris Apfel, ícone do mundo da moda, morreu aos 102 anos em sua casa na Flórida, nos EUA.
A autodenominada "estrela geriátrica" era conhecida por seu distintivo cabelo branco curto, óculos enormes, batom vibrante e colares volumosos.
Apfel atingiu o auge de sua fama nas décadas de 1980 e 90, mas foi presença constante nos desfiles de moda de Paris por mais de meio século.
Ela também atendeu a uma série de clientes celebridades, incluindo Greta Garbo e Estée Lauder.
Sua morte foi anunciada aos seus quase três milhões de seguidores no Instagram, com uma foto de Apfel usando seus conhecidos óculos redondos enormes.
O designer americano Tommy Hilfiger foi um dos que prestou homenagem, elogiando Apfel como uma "inovadora e líder" no mundo têxtil e da moda, que "ficará na história".
"Iris Apfel se tornou uma ícone da moda mundial devido ao seu incrível talento não apenas como artista, mas como influenciadora", disse ele.
"Ela teve uma influência incrível sobre tantas pessoas com seu coração generoso e toque mágico com todos que ela encontrava."
O cantor norte-americano Lenny Kravitz e a atriz de Ted Lasso Hannah Waddingham também prestaram homenagens.
Nascida em uma família judia em Nova York em 1921, Apfel inicialmente estudou história da arte e se especializou em design de interiores, especialmente têxteis.
Ela trabalhou como designer de interiores por décadas, incluindo em projetos de restauração na Casa Branca, antes de se tornar uma trendsetter em seus 80 anos e uma modelo profissional aos 97.
'UM CALEIDOSCÓPIO DE CORES'
A agente de Apfel, Lori Sale, disse que trabalhar ao lado dela foi "a honra de uma vida".
"Sentirei falta de suas ligações diárias, sempre saudadas com a pergunta familiar: 'O que você tem para mim hoje?' Testemunho de seu desejo insaciável de trabalhar", disse Sale.
"Ela era uma visionária em todos os sentidos da palavra. Via o mundo por uma lente única - adornada com óculos grandes e distintivos que repousavam sobre seu nariz.
"Através dessas lentes, ela enxergava o mundo como um caleidoscópio de cores, uma tela de padrões e estampas.
"Seu olhar artístico transformava o comum no extraordinário, e sua capacidade de mesclar o incomum com o elegante era nada menos que mágica."
Em 2014, ela foi o foco de um documentário, chamado Iris, dirigido pelo renomado diretor Albert Maysles.
Em uma entrevista ao BBC Newsnight em 2015, ela expressou sua opinião de que "se vestir deveria ser divertido" e uma "oportunidade para brincar".
"Isso faz parte da minha vida porque sou uma pessoa criativa, e acredito que os outros também deveriam se permitir um pouco de criatividade", disse ela.
Questionada sobre o que achava da ideia de vestimentas apropriadas para a idade, ela afirmou que "se você consegue sustentar, é apropriado".
Este texto foi originalmente publicado aqui.