A ex-estrela pop Victoria Beckham sabia que teria que conquistar críticos de moda difíceis de impressionar quando lançou sua primeira linha de roupas uma década atrás, mas a ex-Spice Girl diz que a indústria foi muito mais difícil de ceder do que ela jamais imaginara.

Em Paris nesta sexta-feira (15) em um evento organizado pela revista Vogue, Victoria, cujas coleções desde então ganharam elogios da crítica e prêmios por sua moda fluida e perspicaz, afirma que está expandindo seu império com maquiagem e produtos para a pele.

"Eu estava muito ciente dos preconceitos, estar casada com David Beckham, ser uma Spice Girl, de repente aqui está uma coleção, eu sabia que olhariam com desconfiança", diz ela, ao acrescentar que se concentrou em "fazer as roupas e não ouvir nada disso".

Victoria Beckham cita o falecido chefe de criação da Chanel Karl Lagerfeld e o italiano Valentino Garavani como dois estilistas que a ajudaram, mas ressalta que a indústria notoriamente cruel a surpreendeu. "Se eu soubesse o que sei agora, não sei se teria coragem de fazê-lo", diz.

De acordo com os últimos registros britânicos, a marca Beckham, de propriedade privada de Victoria, David Beckham e do agente Simon Fuller, ainda estava no vermelho em 2017. Levantou US$ 38 milhões (R$ 159 milhões) há dois anos da NEO Investment Partners para recuperar a marca.

Nesta sexta, Victoria afirmou que, além de uma linha de maquiagem lançada recentemente, sua marca terá produtos para a pele e fragrâncias, possivelmente no próximo ano. Os cosméticos costumam ser uma linha lateral altamente lucrativa para marcas de luxo, e grandes rivais, de Kering e Gucci à Hermes, expandiram seus negócios, acessíveis a uma gama maior de compradores.

Conhecida como "Posh Spice" quando estava na girl band dos anos 1990, Victoria, vestida nesta sexta com um terno tweed verde, disse que não se arrepende de nenhuma de suas escolhas anteriores de moda –incluindo roupas de palco, como os macacões de PVC que ela usava.