Trump tem mais a ver com a sua vida que a Andressa Urach e o Nego Di
Fofoquinhas de subcelebridades divertem, mas não pagam nossas contas
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Não, nós não somos norte-americanos. Não votamos para presidente dos Estados Unidos. E, de verdade, tem horas em que a cobertura da mídia exagera na importância de cada detalhe. Eu mesma perdi a paciência na milésima vez que ouvi falar de "estado pêndulo" e "número mágico de delegados".
Também ri quando vi que colocaram outdoors em Governador Valadares, em Minas Gerais, com a cara dos candidatos Donald Trump e Kamala Harris, talvez em homenagem aos parentes que moram nos EUA.
Mas, tirando os exageros, é óbvio que o tema é importante. Afinal, estamos falando da maior economia do mundo, do país que tem o maior orçamento militar do planeta, líder em inovação e desenvolvimento tecnológico, berço do jazz, de Hollywood, de boa parte da produção cultural que consumimos.
Não é uma opinião, mas um fato: os Estados Unidos são, sim, uma superpotência que influencia toda a política mundial. E, até aqui, sempre foi uma das maiores democracias. Dependendo do que acontecer com a economia americana, o dólar pode subir (ou cair) e influenciar o nosso dia a dia, aumentando os preços de produtos importados, sejam roupas, medicamentos ou combustível, o que afetaria diretamente o preço dos alimentos que consumimos. Então, o fato de Trump ter sido eleito vai mudar a nossa vida, sim.
Agora, sabe o que não vai mudar sua vida? Saber que a Andressa Urach realizou mais um fetiche sexual. Ou que a mulher do Nego Di vai vender conteúdo adulto enquanto ele está preso. Sim, eu sei que esses assuntos distraem, servem para conversas com amigos e viram fofocas divertidas. Eu também movimento essa roda do entretenimento.
Mas isso tomou o quê? Uns três minutos da minha atenção, no máximo. Também gastei mais uns cinco minutos vendo a nova harmonização facial do Ximbinha. É gostoso curtir besteiras, mas eu sei que essas pessoas não fazem parte da minha vida real, não pagam meus boletos, não.