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Justiça nega indenização a preparadora de elenco por ter sido chamada de 'torturadora' por atriz

Denise Weinberg disse que teve problemas com Fátima Toledo; cabe recurso

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A preparadora de elenco Fátima Toledo - Folhapress

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Aracaju

A Justiça de São Paulo rejeitou em segunda instância o pedido de indenização de R$ 30 mil feito por Fátima Toledo, uma das principais preparadoras de elenco do país, contra a atriz Denise Weinberg. A coluna teve acesso exclusivo à decisão, do início deste mês de outubro.

Em 2021, Weinberg rebateu em suas redes os elogios que Wagner Moura havia feito a Fátima, em entrevista ao Roda Viva. Ela disse que Fátima era uma "pessoa do mal", "que não entende nada do ofício" e que havia lhe provocado "uma hemorragia muito séria por causa de suas condições bárbaras de treinamento, dignas de uma fascista e torturadora". Fátima ainda pode apresentar novo recurso em esferas maiores da Justiça. Procuradas pela coluna desde a última quarta (23), as defesas de Fátima Toledo e Denise Weinberg não responderam aos contatos até a última atualização

As duas trabalharam juntas em 2007 durante as filmagens de "Linha de Passe" (2008), de Walter Salles. De acordo com a atriz, na ocasião, Fátima teria exigido que ela andasse de quatro, imitando um cachorro, "latindo e indo buscar uma joelheira suja, com a boca".

Em dado momento, segundo o relato dado por Denise em entrevistas para a imprensa, Fátima teria colocado o pé em sua nuca, gritando: "Diz que você é uma merda".

Fátima, que atua na função há mais de 40 anos, processou a atriz argumentando que nenhum profissional era forçado a participar de qualquer etapa de sua preparação.

Ela afirmou também que jamais cometeu ato violento e que os ataques de Denise foram feitos de forma "vil e covarde". Por fim, disse que, ao chamá-la de fascista e torturadora, a atriz havia cometido injúria e difamação.

Os desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitaram o pedido de indenização e mantiveram a decisão em primeira instância, que negou o pagamento da quantia. Segundo a decisão, o relato de Denise foi comprovado nos autos.

"O relato que a atriz trouxe a público não contém quaisquer inverdades sobre a rigidez e os limites extremos das técnicas empregadas. Suas declarações apenas revelaram como a preparação atingiu suas vulnerabilidades e seus sentimentos, com posterior repercussão em sua vida por sequelas físicas e mentais", afirmou Donegá Morandini, relator do processo.