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Ex-goleiro Bruno vence ação contra editora Record, que lançou livro com sua foto na capa

Empresa vendeu conteúdo para a Globo e pode pagar R$ 30 mil por danos morais; cabe recurso

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O ex-goleiro Bruno Fernandes - Folhapress

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Aracaju

O ex-goleiro Bruno Fernandes, condenado por assassinar Eliza Samudio em 2010, venceu uma ação contra a editora Record (não confundir com a emissora de Edir Macedo). O processo foi movido por causa de um retrato publicado sem sua autorização na capa do livro "Indefensável – O goleiro Bruno e a História da morte de Eliza Samudio". Cabe recurso.

A coluna teve acesso ao caso, que corre no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). A editora pagará R$ 30 mil pelo uso da imagem, sem prévia consulta. A obra foi lançada em 2014.

A defesa de Bruno Fernandes alega que, mesmo que ele tenha cometido um crime grave, não seria possível considerar a publicação de uma obra com a sua imagem sem qualquer aprovação do conteúdo. O ex-jogador do Flamengo pediu R$ 1 milhão, mas o juiz Luiz Cláudio Silva Jardim Marinho, que julgou o caso, decidiu por apenas parte do valor.

A justiça, porém, negou o pedido de suspensão das vendas do livro. Segundo o juiz, o crime foi amplamente coberto pela mídia, e a imagem do ex-goleiro na capa do livro não justificava pagamentos adicionais pelos lucros da obra.

No entanto, o juiz concordou que só a autorização do fotógrafo não era o suficiente para a publicação da imagem. Foi levado em consideração também o fato de a Globo ter comprado os direitos do livro em 2019, com a intenção de transformar em uma série.

O caso aconteceu em 2010. Então goleiro e capitão do Flamengo, Bruno Fernandes foi condenado pela morte de Eliza Samudio, com quem teve uma filha. No total, oito pessoas foram condenadas pelo crime, que envolveu sequestro e assassinato. O corpo da ex-namorada de Bruno nunca foi encontrado.

Bruno está em liberdade condicional desde o ano passado. Atualmente, ele joga em campeonatos de futebol de várzea e trabalha como entregador em uma loja de móveis no interior do Rio de Janeiro. Em setembro, a Netflix lançou um documentário sobre o caso.