Época de Natal evoca melhores momentos entre irmãos proporcionados por Agatha Christie
Um dos meus primeiros livros da Agatha foi 'O Misterioso Caso de Styles'
Como tantos hábitos passados de pai para filho, o da leitura é tradicional na minha família. Eu gosto bastante de literatura francesa em geral, minha irmã, Giulia, é grande fã de Erico Veríssimo (1905-1975), e meu irmão, Victor, prefere Nelson Rodrigues (1912-1980).
Mas um gosto que nós três temos em comum é pelos romances policiais da escritora inglesa Agatha Christie (1890-1976). Inclusive, quando adotamos juntos uma gatinha preta, demos a ela o nome da autora, como uma homenagem (muito embora “Gato Preto” seja um conto célebre de outro escritor, o americano Edgar Allan Poe; 1809-1849).
Um dos meus primeiros livros da Agatha foi “O Misterioso Caso de Styles” (R$ 44,90, 288 págs.), hoje disponível em edição bem acabada com uma tradução muito melhor da GloboLivros. Para quem não conhece, trata-se do romance de estreia da autora e conta com alguns dos elementos que a tornariam famosa.
No livro, todo o mistério começa quando uma aristocrata inglesa morre trancada em seu quarto, em uma isolada casa de campo na cidade de Styles. E então? Morte natural ou envenenamento?
Cheia de reviravoltas e personagens de caráter dúbio, a trama apresenta ao leitor o excêntrico detetive belga Hercule Poirot, que protagoniza a maior parte dos títulos posteriores de Agatha. O final da saga, que havia sido alterado pelo primeiro editor, aparece no original nesta versão.
Mas foi mesmo com “E Não Sobrou Nenhum” (R$ 44,90, 400 págs., GloboLivros) que nós três mais nos divertimos, apontando possíveis culpados e apostando quem descobriria o assassino antes. No enredo, um grupo de pessoas é convidado a passar uma temporada em uma ilha misteriosa.
Nenhuma delas sabe ao certo por que está ali e os questionamentos ficam ainda maiores e mais intrincados quando elas começam a serem assassinadas uma a uma.
O romance é apontado como o mais importante de Agatha e considerado o maior romance policial de todos os tempos. Se a literatura confere valor à vida e vice-versa, neste Natal desejo que os livros continuem proporcionando ótimos momentos entre família e amigos. No meu caso, meus irmãos são meus melhores amigos.
ESPÍRITO NATALINO DURANTE O ANO TODO
Um dos destaques de 2018, que continua em alta, o livro “Luisa Mell: Como os Animais Salvaram Minha Vida” (R$ 39,90, 224 págs., GloboLivros) é um bom presente de Natal. Nele, a ativista (que desempenhou papel importante recentemente no resgate dos pit bulls de uma rinha clandestina no Grande ABC), narra histórias de militância, mas também detalha dificuldades da vida pessoal e a opção pelo veganismo.
O fio condutor fala sobre como ajudar os animais acabou por curar a própria apresentadora.
Os mais vendidos
FICÇÃO
1 “A Garota do Lago”, de Charlie Donlea (Faro)
2 “Eleanor & Park - Slim”, de Rainbow Rowell (Novo Século)
3 “Box - o Essencial Sherlock Holmes - 3 Vol.”, de Arthur Conan Doyle (Aeroplano)
4 “Box - Edgar Allan Poe - Histórias Extraordinárias - 3 Volumes”, de Edgar Allan Poe (Pandorga)
5 “Mulheres Empilhadas”, de Patrícia Melo (Casa da Palavra)
NÃO FICÇÃO
1 “Escravidão Vol. 1”, de Laurentino Gomes (Globo)
2 “Mindset”, de Carol Dweck (Objetiva)
3 “Mulheres que Correm os com Lobos”, de Clarissa Pinkola Estes (Rocco)
4 “21 Lições para o Século 21”, de Yuval Noah Harari (Cia. das Letras)
5 “A Arte da Sabedoria”, de Baltasar Gracián (Faro)
AUTOAJUDA
1 “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas - Versão de Bolso”, de Dale Carnegie (Companhia Editora Nacional)
2 “Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, de Dale Carnegie (Companhia Editora Nacional)
3 “Ansiedade”, de Augusto Cury (Saraiva)
4 “A Sutil Arte de Ligar o Foda-Se”, de Mark Manson (Intrínseca)
5 “Minutos de Sabedoria (Simples)”, de Carlos Torres Pastorino (Vozes)