Ana Maria Bahiana é uma das mais proeminentes jornalistas brasileiras de entretenimento. Ao longo de cinco décadas de carreira, três delas radicada nos Estados Unidos, ela colaborou com inúmeros jornais, revistas, canais de TV e websites —incluindo a Folha.

Também se tornou membro da Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood, que promove o Globo de Ouro, uma das premiações mais importantes do showbiz americano. Nos últimos anos, Ana Maria vinha atuando como editora do site da organização.

No entanto, nesta segunda-feira (25), o nome de Ana Maria Bahiana surgiu, junto com 17 outros, numa lista divulgada pela HFPA (a sigla em inglês da Associação) de ex-integrantes que perderam o direito a votar nas diversas categorias dos Globos de Ouro.

Entre eles estão Munawar Hosain, Aniko Navai e Howaida Hamdy Serour, que foram expulsos depois que uma investigação revelou que eles haviam quebrado o código de conduta do prêmio.

Nada foi dito sobre os demais 15 ex-integrantes, sobre os quais nunca pairou qualquer suspeita. Todos eles recebiam um salário anual de US$ 75 mil (cerca de R$ 375 mil).

Depois de muitos escândalos, a HFPA, uma entidade sem fins lucrativos, está sendo dissolvida e reestruturada. Os Globos de Ouro foram vendidos para duas empresas que visam o lucro, Eldridge Industries e Dick Clark Productions. Os membros assalariados da HFPA foram convidados a ficar e a manter seus salários. Quem preferisse sair, receberia uma compensação de US$ 225 mil (cerca de R$ 1,125 milhão).

Não se sabe se Ana Maria Bahiana fez algum acordo com a HFPA. O F5 já buscou entrar em contato com a jornalista, mas ainda não obteve resposta.

Tampouco se sabe se os 18 novos membros brasileiros, anunciados em abril passado, continuam na organização.

A próxima cerimônia de entrega dos Globos de Ouro, considerados um termômetro do Oscar, está marcada para o dia 7 de janeiro de 2024. Até o momento, a premiação não fechou contrato com nenhuma rede de televisão para ser transmitida ao vivo.