'Emily in Paris': Por que o criador da série da Netflix diz não se arrepender dos clichês
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O criador da série "Emily in Paris", exibida na Netflix, respondeu nesta quinta-feira (22) a críticas de que o programa mostra a capital francesa de forma idealizada e clichê. Roteirista e produtor executivo nos Estados Unidos, Darren Star afirmou "não se lamentar por ver Paris através de lentes glamourosas".
Falando à revista Hollywood Reporter, Star, que também criou a série "Sex and the City", afirmou que quis fazer de "Emily in Paris" uma "carta de amor a Paris" —vista através da protagonista interpretada por Lily Collins, uma jovem americana que se muda para a capital francesa a trabalho.
"A primeira coisa que ela vê são os clichês, porque este é o ponto de vista dela", explicou ele. "Queria fazer um programa que celebrasse essa parte de Paris."
No início do mês, o produtor Star revelou que se baseou em suas próprias visitas à capital francesa. "Eu queria mostrar Paris de uma forma realmente maravilhosa, que estimulasse as pessoas a se apaixonarem pela cidade como eu," disse ele ao jornal New York Times.
Uma segunda temporada ainda não foi confirmada, mas Star revelou que já tem ideias sobre o que sua protagonista fará a seguir. "Ela será mais uma moradora da cidade [na segunda temporada]", disse ele à revista Oprah. "Ela vai ter um pouco mais os pés no chão."
'Todos os clichês possíveis'
A própria Collins disse à revista Vanity Fair que "o que mais gostaria seria voltar a Paris" para filmar uma segunda temporada. A atriz britânica de 31 anos é filha do músico Phil Collins.
Mas as críticas à primeira temporada da série vieram de muitos lados. "Nenhum clichê fica de fora, nem mesmo o mais desesperado", escreveu Charles Martin, do site Premiere, em uma crítica em francês. "Cite qualquer clichê sobre a França e os franceses [e] você o encontrará em 'Emily in Paris'", concordou Fabien Randanne, do jornal 20 Minutes.
A série também enfrentou críticas fora da França, como uma que apontou que se trata de uma "versão em quadrinhos" da capital francesa. "A primeira metade da temporada é um exorcismo de todos os clichês sobre a França que os roteiristas poderiam imaginar", escreveu Rebecca Nicholson, do jornal The Guardian, em sua crítica com pontuação de uma estrela.
Ed Cumming, do site Independent, deu a mesma classificação ao programa, que teria um cenário "parecido com um parque de diversões com temática parisiense no estilo Westworld". No entanto, outras críticas foram mais amigáveis, como a de Daniel D'Addario na Variety afirmando que a série é "uma delícia" e tem um "cenário verdadeiramente convidativo".