Escola de samba se desculpa por Hitler com faixa presidencial brasileira em ensaio
Águia de Ouro foi criticada pela Federação Israelita do Estado de São Paulo
A Águia de Ouro emitiu um comunicado de desculpas, neste domingo (3), após a repercussão de uma foto, feita num ensaio da escola de samba no dia anterior, que mostrava um homem vestido de Hitler e usando a faixa presidencial brasileira.
Em texto divulgado em suas redes sociais, a agremiação classificou a atitude do homem, o maquiador e figurinista Walmir Sparapane, como "isolada" e afirmou que "tomou as medidas necessárias para que não aconteça mais".
A escola, que em 2019 tem como enredo a história do Brasil de 1500 até 2018, também negou que a vestimenta remetesse ao presidente Jair Bolsonaro. "Quando construímos o projeto ainda não sabíamos quem seria o presidente eleito."
Em seu site, a FISESP (Federação Israelita do Estado de São Paulo) repudiou a escola e afirmou que recebeu "diversas manifestações".
"Sempre repudiamos quando alguém associa os crimes cometidos durante o nazismo a algum fato do cotidiano. O Holocausto é algo muito sensível para a comunidade judaica em todo o mundo e para todos que sofreram com esta barbárie", disse a FISESP, que afirmou ter recebido uma ligação com um pedido de desculpas do presidente da Águia de Ouro, Sidnei Carriuolo Antônio
Sparapane também se desculpou. "Quem me conhece e me segue sabe que minha luta é diária contra qualquer tipo de intolerância. Entretanto fica aqui minhas sinceras desculpas a comunicadade israelita e aos meus amigos judeus", escreveu ele em uma rede social.
Neste ano, a A Águia de Ouro desfilará no sambódromo da Anhembi, em São Paulo, no dia 2 de março, após ter sido rebaixada para o Grupo de Acesso em 2017.