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É falso que Fernanda Torres tenha desejado a morte de brasileiros pela Covid

Com repercussão do filme 'Ainda Estou Aqui', volta a circular post mentiroso sobre a atriz, que considera o conteúdo 'uma fake news nojenta'

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São Paulo

É falso que a atriz, roteirista e escritora brasileira Fernanda Torres tenha desejado que a população morresse de Covid. Posts que voltaram a circular nas redes sociais entre perfis de direita desinformam ao afirmar que a protagonista de "Ainda Estou Aqui" torcia para que o coronavírus cumprisse "sua missão de abreviar" o governo Bolsonaro.

"Dane-se o povo e os cadáveres, se o vírus cumprir ‘sua missão’ de ‘abreviar’ o governo, tudo está bem", diz a frase erroneamente atribuída à atriz. A publicação distorce trecho de texto publicado por Fernanda na Folha em março de 2020.

Fernanda Torres durante sessão de fotos do filme "Ainda Estou Aqui" em Veneza; conteúdo falso envolvendo a atriz voltou a circular - Alberto Pizzoli - 1º.set.2024/AFP

Na coluna, a roteirista afirma que ninguém sairá o mesmo depois da quarentena, critica o bispo Edir Macedo e o então presidente Jair Bolsonaro (PL) pelas suas manifestações durante a crise sanitária e afirma que a defesa do ultraliberalismo econômico e do Estado mínimo terá que ser revista.

"Torço para que o centro ressurja dessa emergência. E que o coronavírus, a exemplo da peste negra na Europa do século 14, venha abreviar o obscurantismo medieval travestido de liberal em que nos metemos", afirmou Fernanda Torres na coluna.

Na época, a atriz comentou as peças de desinformação na coluna seguinte, quando negou ter tratado a calamidade como algo desejado. "Continuo na esperança de que esse horror una o planeta, fortaleça o valor da ciência, da imprensa, da razão, da boa política e da compaixão, enquanto aguardo um milagre que combata tanto a peste, quanto a funesta cultura do ódio", escreveu.

A nova onda de desinformação surge em meio à campanha, entre perfis de direita, de boicote ao filme de Walter Salles, protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello e escolhido para representar o Brasil na disputada por uma vaga no Oscar.

À Folha a atriz e escritora disse que "jamais falaria um absurdo desses" e disse confiar no discernimento das pessoas para perceber a desinformação. "Trata-se de uma fake news nojenta, fruto do que resta de um gabinete do ódio que merece ser desmontado de vez no Brasil", afirmou.

Sobre a tentativa de boicote ao longa-metragem, Fernanda comentou: "‘Ainda Estou Aqui’ toca o coração de gregos e troianos, é um filme que está recuperando não só a história, a memória de brasileiros exemplares como Eunice Paiva, Rubens Paiva e seus filhos, como o orgulho e o carinho pela arte no Brasil."

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É um projeto dedicado ao combate da desinformação nas redes sociais patrocinado pela Philip Morris Brasil.