'Todos perdemos', diz Taís Araujo após acusações de assédio sexual contra Silvio Almeida
Dor que machuca e é decepcionante para a luta das mulheres e contra o racismo, afirma atriz; 'em 24 horas, retrocedemos alguns anos', fala Lázaro Ramos
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
O casal Taís Araujo e Lázaro Ramos se manifestou sobre acusações de assédio sexual contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nas redes sociais, os atores lamentaram as notícias e afirmaram que toda a sociedade perde. "Quando uma violência é sofrida por uma mulher, todas sofrem. Mas quando isso acontece com a nossa comunidade da maneira que aconteceu nas últimas 24 horas, é um soco na alma", afirmou Taís.
A artista ainda prestou condolências a Anielle Franco, ministra da Igualdade Racial que teria sido assediada por Silvio. Na mensagem, ela afirma que as denúncias são decepcionantes para as mulheres e para a luta contra o racismo.
"O que precisamos nesse cenário é de justiça e punição rigorosa. Não quero ver o retrocesso de uma luta tão longa, cruel, cansativa mas também vitoriosa. É uma derrota difícil de digerir."
Já Ramos definiu as acusações como um capítulo devastador nas lutas antirracista e das mulheres. O ator afirmou que, como um homem preto, se questionou sobre como agir, para defender o que precisa ser defendido e não reforçar o que o sistema já faz com pessoas pretas.
"Para além desse apoio irrestrito às mulheres, não tenho uma resposta pronta. A única certeza que tenho é que hoje, independente do desfecho, uma comunidade inteira caminha para trás."
Na noite de sexta-feira (6), Almeida foi demitido pelo presidente. Em nota, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência disse que as denúncias eram graves e que Lula considerou insustentável a permanência do ministro.