Celebridades

'Dá para ser cool e bonita com roupas acessíveis', diz Luísa Sonza, parceira de e-commerce asiática

Dias antes de participar do Rock in Rio, cantora lança coleção na Shein, afirma que usar somente roupas de grife é 'muito wannabe' e veta perguntas sobre vida pessoal

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Luísa Sonza posa com peças de sua coleção para a Shein - Pam Martins - 2024/Divulgação

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São Paulo

"É xên ou xeín?", pergunta Luísa Sonza, sussurrando, segundos antes de entrar na live de lançamento de sua coleção na Shein. A pronúncia do nome da marca chinesa permanece um mistério até para os funcionários do escritório da empresa no Brasil, que ocupa um andar inteiro de um edifício na Faria Lima.

Acompanhada por uma equipe de dez pessoas e um cachorro, Luísa entrou na live vestindo um slip dress longo de fenda, uma das 112 peças que integram sua coleção. A linha que leva o nome da cantora inclui ainda seus famosos lenços de cabeça, jaquetas de couro sintético, minissaias plissadas estilo colegial, muita renda e estampas florais. A miscelânea, garante Luísa, tem sua cara e personalidade.

"Já recusei muuuito convite de marca que não queria se adequar ao meu estilo", diz, com ênfase no "muito". "Várias marcas querem que você se molde a elas. Mas aí não faz sentido contratar uma personalidade, um artista", afirma Sonza ao F5.

"O que mais faço é recusar. E não é soberba, é porque não consigo fazer propaganda de algo com que não tenho conexão", justifica. "Se não tiver minha cara, meus fãs não vão comprar."

MODA ACESSÍVEL

No lançamento, Luísa aprovou, por exemplo, as blusinhas de R$ 50 idênticas às que ela veste no palco. "Meus fãs não estão distantes de mim. Amo ver as pessoas usando o lencinho na cabeça, se inspirando em mim", diz.

Questionada sobre como define a própria estética, ela apela para o inglês: "Sou muito cool", resume. Em seu guarda-roupa, ela diz que entram itens de brechó e peças de fast fashion, tudo junto e misturado com grifes de luxo.

"Não é o preço da roupa que faz o estilo. A gente pode ser cool e bonita com roupas acessíveis", diz. "Essa coisa de andar toda cravejada de grifes, da cabeça aos pés, não é cool", ensina. "Fica muito 'wannabe', não fica natural."

Se no quesito estética ela é democrática, quando se trata da vida pessoal, a cantora é cheia de reservas. Minutos antes da entrevista, Luísa vetou, por meio de sua assessoria de imprensa, metade das perguntas que a repórter pretendia fazer. Os assuntos barrados envolviam o atual relacionamento da artista com o médico Luís Ribeirinho e as polêmicas a respeito de sua vida, como o processo por racismo.

Em duas semanas, ela se apresenta no palco Mundo do Rock in Rio, ao lado de artistas internacionais como Shawn Mendes, Akon e Ne-Yo. Sobre o show, preferiu não dar spoilers, mas adianta: "É uma amostra do que vem no futuro, da evolução da minha estética."