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Organizador se posiciona após suposta farsa em doação de R$ 1 milhão de Nego Di vir à tona

Badin diz que não tinha como saber de onde vinha dinheiro; ex-BBB teria depositado só R$ 100

Badin (à esq.), que se explicou nas redes sobre doação de Nego Di (à dir.) - Montagem

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São Paulo

O humorista Eduardo Gustavo Christ, mais conhecido pelo personagem Badin, o Colono, usou as redes sociais para dar explicações após uma reportagem apontar que o influenciador digital e ex-BBB Dilson Alves da Silva Neto, o Nego Di, teria mentido sobre ter doado R$ 1 milhão para uma campanha de arrecadação de recursos para o Rio Grande do Sul. Badin foi um dos criadores da vaquinha online e, na época, comemorou publicamente a contribuição.

Segundo a Band, o Ministério Público do Rio Grande do Sul observou que Nego Di depositou apenas R$ 100, enquanto sustentava publicamente ter feito a doação milionária. A descoberta teria sido feita após a quebra do sigilo bancário do ex-BBB, que teve a prisão decretada no domingo passado (14) por crime de estelionato. Procurada pelo F5, a defesa de Nego Di não se manifestou até a última atualização deste texto.

Em vídeo nos stories, Badin deu sua versão do que ocorreu. "Durante as enchentes, ele [Nego Di] ajudou muito na divulgação e teve um dia que ele me chamou e falou: 'Cara, quero doar R$ 1 milhão pra Vakinha'. Eu falei: 'Maravilhoso, perfeito'. Meu Deus, por que eu vou negar uma doação? Falei: 'Cara, meta a bala'."

Badin afirmou que, segundo Di, o valor entraria em partes e que o depósito seria feito por "um pessoal" diretamente na vaquinha. "Aí ele me mandou aquele comprovante lá e eu postei e agradeci, porque eu estava feliz mesmo, porque ia entrar uma doação de R$ 1 milhão", disse.

O humorista disse que não tinha como saber de onde vinha o dinheiro que estava entrando na vaquinha e que as doações chegavam a R$ 10 milhões por dia, o que dificultava acompanhar em detalhes a procedência delas. Ao todo, a campanha arrecadou mais de R$ 77 milhões desde 1º de maio.

De acordo com Badin, o dinheiro era totalmente administrado pelo Instituto Vakinha, que também era responsável pela campanha. "As demandas chegavam até a mim, eu repassava para eles, e eles destinavam", explicou. "Não tinha como eu saber se a doação dele entrou ou não."

Apesar dos problemas recentes, Badin evitou tirar conclusões sobre o ex-BBB. "Eu não estou aqui para falar mal de ninguém, tá? Porque durante as enchentes o papel dele foi muito importante", avaliou. "Ele ajudou muita gente, fez muita coisa e ajudou muito a divulgar a vaquinha que a gente estava divulgando."

Após a publicação do vídeo, Bandin recebeu críticas de alguns seguidores. "Vi agora o seu 'pronunciamento'. Amigo, ele doou R$ 100. Você não acha que vale investigar antes de pronunciar? Isso está longe de ser uma mensagem de hater, viu? Só porque acho que não dá para passar pano para uma coisa dessas", escreveu um seguidor.

"Sim, talvez poderia ter sido feito muita coisa diferente, mas só fiquei feliz com a doação que iria acontecer", afirmou Badin. "Só isso."

PRISÃO DE NEGO DI

Nego Di foi preso no domingo passado (14) em Florianópolis (SC). Ele é acusado de estelionato e de ter lesado ao menos 370 pessoas em golpes.

Segundo a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, a loja virtual dele deixou de entregar produtos que eram comprados por seguidores, num prejuízo total dos clientes que pode chegar a R$ 5 milhões.

No último dia 12, ele e a esposa já haviam sido alvos de uma operação do Ministério Público sob a acusação de lavagem de dinheiro com rifas ilegais.