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Monark diz que procura um advogado gratuito após ser condenado a pagar indenização milionária

Ministério Público de São Paulo pede R$ 4 milhões do influenciador por declarações a favor da criação do partido nazista no Brasil em 2022

Monark diz que é perseguido por ter 'uma opinião' após falas polêmicas com relação ao nazismo - Reprodução/rumble

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Rio de Janeiro

O influenciador Bruno Ayub, mais conhecido como Monark, usou as redes sociais para se manifestar contra a decisão do Ministério Público de São Paulo (MPSP) referente a uma indenização no valor de R$ 4 milhões. O órgão entrou com ação civil pública contra ele pelas declarações em defesa da criação do partido nazista, durante edição do Flow Podcast, em fevereiro de 2022.

Monark afirmou que se sente perseguido por uma "ditadura" e anunciou que está à procura de um advogado gratuito para defendê-lo no caso. "Estou cansado de gastar centenas de milhares de reais lutando contra a ditadura que me persegue por eu ter uma opinião", começou ele ressaltando que era "pro bono" [quando os advogados oferecem seus serviços jurídicos de forma voluntária e gratuita para pessoas ou organizações que não têm condições financeiras de arcar com os custos legais].

"É uma oportunidade de fazer o nome do seu escritório defendendo uma causa justa", concluiu o ex-podcastr. O F5 entrou em contato com Monark, mas não obteve resposta.

Ayub defendeu a criação de um partido nazista no Brasil durante uma entrevista com os deputados federais Kim Kataguiri (DEM) e Tabata Amaral (PSB) no Flow Podcast. O trecho em que ele faz apologia ao nazismo se tornou um dos assuntos mais comentados no Twitter

Com a repercussão negativa do episódio, Monark publicou um vídeo pedindo desculpas logo depois e alegou que estaria embriagado durante o podcast. Os patrocinadores do programa cancelaram seus contratos com a Estúdios Flow, que anunciou o desligamento do influenciador, que revelou apoiar as manifestações golpistas em Brasília em janeiro do ano passado .

De acordo com o MPSP, o valor da indenização será destinado à Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo por meio do Fundo Estadual de Defesa dos Interesses Difusos.