"Nem 01 nem 02, sou o 00, eu não tenho concorrentes". É desta forma que o influenciador Bruno Aleksander, o Buzeira, se apresenta a quem passa os olhos em seu perfil no Instagram. E não são poucas pessoas: ele tem mais de 4,5 milhões de seguidores somente nesta rede social.

Nesta semana, Buzeira, adepto do estilo ostentação, resolveu mostrar que, além de não ter concorrentes, é generoso com seus parças. Ele conseguiu ofuscar vários acontecimentos igualmente fora do comum no cruzeiro de Neymar ao presenteá-lo com um cordão de ouro estimado em R$ 2 milhões.

É no Instagram que o influenciador, de dentes alvíssimos como manda o manual do novo rico, diz tirar parte de seu sustento, e onde expõe detalhes nem tão pequenos de sua fortuna particular. Carrões (três Lamborghinis, avaliadas em R$ 4 milhões cada), mansões, lanchas e ouro, muito ouro, fazem parte do repertório de postagens do rapaz, de 28 anos.

Mas de onde veio tanto dinheiro? É isso o que a Polícia Federal tenta descobrir. Natural do bairro de Itaquera (zona leste de SP), Buzeira tentou seguir carreira como jogador de futebol e MC, mas não vingou. Trabalhou em restaurante e numa empresa de comércio exterior mas foi demitido na pandemia.

Foi então que, de acordo com entrevista ao Jornal de Brasília, ele começou a fazer rifas e sorteios nas redes. Segundo Buzeira, a estratégia deu certo e ele ganhou os primeiros R$ 40 mil ao rifar a própria moto em 2020. Assim, começou a comprar carros e a fazer parcerias com outros influenciadores, até que, de acordo com o que disse ao jornal, alcançou um lucro de mais de R$ 3 milhões.

Não bastava ficar milionário em três anos, era preciso mostrar. Exibir. Daí o ex-candidato a jogador de futebol começou a ostentar nas redes. Exagerou na dose ao mostrar detalhes de sua vida e de seu patrimônio, o que chamou atenção da Polícia Federal.

Buzeira foi citado numa ação da PF que investigava jogos de loteria, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. Segundo o próprio influenciador, todos os carros e bens de valor foram confiscados, mas nada foi provado e eles foram devolvidos. A investigação segue e tramita no foro criminal do fórum da Barra Funda.