Celebridades
Descrição de chapéu Folhajus

Léo Lins não pode sair de SP por mais de 10 dias e aguarda julgamento por vídeo de comédia censurado

Humorista teve que apagar o show 'Perturbador' de seu canal no Youtube

O humorista Léo Lins - Léo Lins no Instagram

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

O humorista Léo Lins não pode sair da cidade de São Paulo (SP) sem autorização judicial. Essa é outra determinação do Tribunal de Justiça de São Paulo após a decisão de que o especial de comédia "Perturbador" fosse retirado de seu canal no Youtube, nesta terça-feira (16). Além disso, ele terá que apresentar-se às autoridades para prestar esclarecimentos sobre suas atividades, uma vez por mês.

"Já adianto aqui o que eu faço: escrevo piadas, vou na academia, assisto filmes e series e cuido dos meus gatos. Preciso ir lá reportar estes atos que beiram o terrorismo", disse Léo Lins, que considera censura a decisão da Justiça. "O show não violou nenhuma norma do YouTube, estava inclusive monetizado. O Ministério Público, que fez o pedido, passou por cima da plataforma e considerou o show como um ato criminoso", completa ele.

Após a determinação, ele adianta que irá esperar o julgamento e que espera "não ser preso". "Mas, caso seja, com a superlotação das cadeias, meu show vai continuar lotado. A propósito, isso foi uma piada", disse Léo. "Utilizei um caso hipotético e uma figura de linguagem para isso. Estou explicando, para não acharem que foi um crime de ódio. E como fiz a piada comigo e sou um homem branco hetero, creio que não tem problema, pois é um dos únicos temas permitidos segundo o processo."

Questionada pelo F5 sobre o futuro do processo, a assessoria do humorista disse que ele aguardará o julgamento. O advogado do artista aponta que se trata de uma medida cautelar. "Ainda não tem processo criminal. A defesa vê as medidas como censura e já está preparando as medidas cabíveis junto ao Tribunal de Justiça do estado de São Paulo", informou o representante de Lins.