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Descrição de chapéu Folhajus

Globo diz à Justiça que assédio de Marcius Melhem não foi provado, revela documento

OUTRO LADO: A Globo não comenta questões relacionadas a Compliance e a emissora alega que todas as informações sobre o caso já foram fornecidas às autoridades

Retrato do humorista Marcius Melhem, ex-diretor do núcleo de humor da Globo, em sua casa, na zona sul do Rio de Janeiro - Eduardo Anizelli - 28.abr.2023/Folhapress

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São Paulo

O assédio supostamente cometido por Marcius Melhem não foi provado. É o que aponta o Compliance da Globo em resposta a uma ação do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro (MPT-RJ), que torna a empresa ré, ao acusá-la de supostamente ter permitido casos de assédio no ambiente de trabalho, nos últimos anos. A posição da emissora integra um processo de 2.500 páginas que foi obtido pela revista Veja e divulgado nesta quarta-feira (17).

Com base em informações prestadas contra e a favor de Melhem, o Compliance da Globo teria concluído - conforme o documento - que: "restou, de fato, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse possível comprovar prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização".

"A Globo não comenta questões relacionadas a Compliance, todas as informações sobre o caso já foram fornecidas às autoridades", informou a assessoria da Globo ao F5. Os advogados de defesa da emissora, que está sendo representada pelo escritório Tenório da Veiga Advogados, não retornaram o pedido de posicionamento da reportagem.

Em relação ao processo, como um todo, a assessoria do MPT afirma que o caso está sob sigilo. "Não temos nenhuma informação a respeito", completou o representante de imprensa.

Marcius Melhem, que foi acusado de assédio por um grupo de oito mulheres no Ministério Público da Mulher, respondeu ao pedido de posicionamento através de sua assessoria de imprensa. "A declaração da Globo trazida na matéria de Veja não causa surpresa, pois não pode ser comprovado algo que nunca existiu. Cada vez mais se confirma o que digo desde o início: nunca cometi assédio sexual. A verdade segue aparecendo", disse ele, em nota. Dani Calabresa e sua advogada, Mayra Cotta, que também representa as outras supostas vítimas, não responderam ao pedido de posição do F5.