Celebridades

Vaidosa, Luciana Gimenez diz que chora por perna fina: 'Não vou à praia nem ferrando'

Apresentadora estreia podcast e conta que autoestima está abalada após acidente

Luciana Gimenez no comando de seu novo podcast - Divulgação

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A apresentadora Luciana Gimenez sempre ostentou boa forma física. Vaidosa, ela conta que mesmo aos 53 anos se cobra muito para estar sempre "no shape". Porém, a perna esquerda quebrada em quatro lugares após um acidente enquanto esquiava em Aspen (EUA) no começo do ano tem feito com que sua autoestima fique abalada.

Em conversa com o F5, ela afirma que muitas vezes tem crises de choro ao se ver no espelho e se desespera por não sentir os efeitos de seu tratamento diário. E uma simples ida à praia, algo que sempre fez, está descartada. "A perna ficou muito fina, pois o corpo para de mandar estímulos para essa região e você atrofia. Eu sempre malhei e um dia você olha e sua perna está uma finura. Loucura", lamenta.

Apesar da chateação, a apresentadora, que recentemente voltou a ficar solteira, busca deixar a tristeza de lado para encarar seu mais novo projeto. Ela acaba de estrear o podcast Bagaceira Chique, com conversas disponibilizadas no canal de mesmo nome no YouTube sempre às quintas-feiras, às 19h. Logo no primeiro papo, mesmo reservada, Luciana já fez revelações íntimas e picantes.

"Sou tão fechada que algumas pessoas se admiram se eu falo que transei em avião. A graça do podcast é ter momentos espontâneos e historias", opina. Leia a entrevista abaixo.

Como surgiu a ideia de criar um podcast? Estava querendo fazer podcast havia um tempo, todos falavam que era uma extensão natural do meu trabalho. Fui deixando para quando eu estivesse pronta. Mas é diferente de TV, onde estou há 22 anos e faço com o pé nas costas. Entendi que preciso me abrir muito mais com o convidado em um podcast. É uma troca de experiências mais livre. Sempre fui reservada e todos sabem que não falo muito da vida pessoal. Na televisão, fica mais fácil me preservar, pois a pauta é o mais importante. Hoje minha cabeça mudou, temos que ser multiplataformas.

No primeiro episódio, você já fez revelações sexuais. Não teme se expor? Tenho muito respeito pela mídia e estou acostumada com exposição. Sei o quanto é delicado dizer coisas. Quando você fala, não tem como voltar, tem que tomar cuidado. Depois que vi o que falei sobre sexo. Mas é muito difícil alguma coisa sair da minha boca sem que eu tenha total controle. Claro que, às vezes, podemos nos expressar mal, mas tenho rapidez de pensamento. Naquela hora, achei legal falar. Sou tão fechada que algumas pessoas se admiram se eu falo que transei em avião. A graça do podcast é ter momentos espontâneos e historias.

Se sente desafiada nesse novo projeto? Agora dá um friozinho na barriga, sim, é como um desafio no campo profissional, sair da zona de conforto e da mesmice. Nos dois primeiros episódios, fiquei mais nervosa, mas depois interiorizei. Podcast não tem muito roteiro, um tema, a pessoa fica livre e vai soltando um monte de coisas, enveredando para vários lados.

Os papos são livres, mas existe algo que não goste de falar no ar? Política, pois está saturado e não entendo o suficiente. É como se todo mundo soubesse tudo, mas ninguém entendesse nada. Mesmo que eu decida levar algum político no Bagaceira Chique, falarei sobre outros temas. Não fiz ciências políticas e prefiro não comentar. Fora isso, podemos abordar qualquer assunto.

Como está a evolução da perna que você quebrou esquiando? Essa foi a pior merda que aconteceu na minha vida. Está sendo desafiador, já chorei muito e senti muito desespero. Foi um acidente muito grave. E, como não sou nada paciente, me deparo com perrengues. O osso tem o tempo de cura dele e nada que eu faça pode apressar. É quase uma gravidez de espera. Às vezes lembro como estava minha perna desde o primeiro dia, preta e com sangue pisado, não cabia um sapato número 43 em mim. Meu dedo não mexe, tenho haste e cinco pinos nela. É um trabalho mental e físico grande.

Você chegou a perder massa muscular? A perna ficou muito fina, pois o corpo para de mandar estímulos para essa região e você atrofia em 48 horas. E isso me levou à loucura. Eu sempre malhei e um dia você olha e sua perna está uma finura. Dessa forma, desesperadamente eu comecei a malhar com a perna quebrada mesmo. Apesar de eu estar forçando literalmente a perna para voltar meu corpo, é complicado. Hoje entendo quem tem dificuldade de mobilidade. Eu não consigo usar salto nem ficar muito tempo de pé porque incha, fica roxo. Passei um tempo achando que era castigo.

Sua saúde mental fica abalada? Já acordei achando que nunca mais iria andar. Ao mesmo tempo, me sinto triste e culpada de estar assim e com tanta gente com problemas piores. Eu tenho uma rede de apoio. Mas comigo mesmo sou muito dura. Não poder brincar com meu filho está sendo um aprendizado do qual ainda não sei o que vou tirar de bom. O ano de 2023 está sendo complicado para mim. Já são 13 semanas dessa fratura.

Esse acidente mexeu com sua vaidade? Muito. Tenho problema de baixa autoestima. Passei dois meses com a perna coberta, não queria nem ver. Depois de oito semanas, eu entrei em modo de desespero. Sou inconformada e obcecada. Na oitava semana já fui para a academia, mas não conseguia levantar peso. Agora estou conseguindo. Quando existe uma fratura grave, a perna não vai quebrar de novo, o problema é a dor. Mas o que tenho de vídeo malhando e chorando não é brincadeira. Quero muito voltar a ganhar minha massa magra. Acho que está voltando aos poucos. Mas enquanto meu corpo não voltar ao normal, não vou à praia nem ferrando.

Em paralelo a isso, você iniciou um trabalho como atriz em participação na série "A Sogra que te Pariu", da Netflix. Como foi? Quero muito atuar mais e expandir para outros lados. Sempre fui capaz, mas ficava muito presa por ter programa diário. Hoje, o SuperPop (RedeTV!) ser semanal me ajuda a experimentar novidades. Fiz esse projeto mais escrachado da Netflix e amei. Quando atua, você sai do corpo e o deixa livre para outro personagem. São vários tipos de arte que me enriquecem.