Kanye West encerra parceria com a Gap e vai abrir suas próprias lojas
Há meses o rapper acusava a marca de excluí-lo do processo criativo
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O rapper americano Kanye West, 45, comunicou à Gap nesta quinta-feira (15) que está encerrando de maneira unilateral sua parceria com a marca de roupas e que tem planos de abrir lojas de sua marca, Yeezy.
"A Gap não deixou escolha para Ye (novo nome legal de West) a não ser rescindir seu contrato de colaboração devido à violação material da Gap", escreveu o advogado do artista, Nicholas Gravante, em uma carta, cujo conteúdo foi parcialmente obtido pela AFP.
O também produtor e estilista, com uma personalidade imprevisível, assinou um acordo com a marca em 2020, com planos de combinar roupas clássicas da Gap com os designs da Yeezy, marca de West. A Gap não respondeu os pedidos de comentários da AFP.
Wall Street reagiu mal a notícia e as ações da Gap caíram cerca de 3% por volta das 14h (horário de Brasília). O anúncio encerra meses de reclamações nas redes sociais por parte de West, nas quais acusou a marca de excluí-lo do processo criativo e atrasos no marketing.
Gravante disse que West tentou "diligentemente" resolver os problemas com a empresa, mas "ele não chegou a lugar nenhum". "Ye agora se moverá rapidamente para recuperar o tempo perdido abrindo as lojas de varejo da Yeezy."
Segundo o The New York Times, a Gap esperava obter US$1 bilhão (cerca de R$ 5,2 bilhão) apenas com os produtos Yeezy em cinco dos dez anos de parceria.
Sua coleção lançada este ano replicava o estilo próprio de West, com roupas escuras e folgadas e variações do moletom com capuz que já foi a roupa de assinatura da Gap.
A Gap é proprietária das marcas Banana Republic, Old Navy e Athleta. Com sua popularidade em queda há anos, a empresa fechou cerca de 350 lojas Gap e Banana Republic desde outubro de 2020.