Irmã de ex-jogador é suspeita de vender ingressos falsos do Rock in Rio
Polícia aponta que Lívia da Silva Moura causou prejuízo de R$ 150 mil; Léo Moura, ex-Flamengo, diz que 'não se envolve nem compactua' com suposto crime
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
A Polícia Civil e o Ministério Público do Rio de Janeiro buscam uma mulher suspeita de participar de um esquema de venda de ingressos falsos para o Rock in Rio que causou prejuízo de R$ 150 mil.
Lívia da Silva Moura, irmã do ex-jogador de futebol do Flamengo Léo Moura, ainda não havia sido localizada até a tarde desta segunda-feira (5) e é considerada foragida. A reportagem não conseguiu encontrar a defesa dela.
Em postagem nas redes sociais, o ex-jogador disse que os problemas da irmã "são absolutamente dela, infelizmente para a tristeza da família". "Não me envolvo nem compactuo com isso", declarou.
O juiz Marcelo Rubioli, da 1º Vara Criminal Especializada em Organização Criminosa, acatou o pedido de prisão Ministério Público, formulado após a administração do evento apresentar queixa.
Ela foi indiciada sob suspeita de estelionato por meio eletrônico, organização criminosa, violação de direito autoral, falsidade ideológica e falsificação de documento particular.
Segundo investigação da 16ª DP (Barra da Tijuca), Lívia criou um email similar ao utilizado pela organização do Rock in Rio, por onde solicitava dados pessoais das vítimas e realizava a venda dos ingressos.
Rubioli também determinou mandado de busca e apreensão na residência da suspeita, além do bloqueio de R$ 300 mil de suas contas bancárias.
Ainda em sua decisão, o juiz apontou que Lívia usava suas redes sociais para promover o golpe.
"A indiciada, provavelmente auxiliada por terceiros ainda não identificados, declara, espuriamente, ser integrante da empresa noticiante [organizadora do Rock in Rio], apresenta credencial falsa e responde questionamentos para aparentar pertencer ao staff da empresa com fincas a conferir segurança ao lesado e facilitar a arrecadação de créditos", disse, na sentença.
O magistrado justificou a prisão preventiva baseada na reiteração do crime.
No domingo (4), um outro inquérito foi instaurado na 13ª DP (Ipanema), pelo mesmo crime, de estelionato na venda de ingressos do Rock in Rio. "Uma vítima procurou a polícia para denunciar o caso, após ter transferido R$ 20 mil para a conta de Lívia e nunca ter recebido os ingressos", disse o delegado Felipe Santoro, titular da unidade policial.
"É importante destacar que a acusada já é conhecida da polícia e ostenta outros antecedentes criminais pela prática de outros golpes. Ela se vale do fato de ser irmã de ex-jogador de futebol para passar credibilidade às vítimas e, assim, aplicar o golpe", disse Santoro.