'Ele era desengonçado mas muito educado', diz passista que sambou com Charles em 1978
Imagens do príncipe, que agora se tornou rei, dançando com Pinah correram o mundo
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Quarenta e quatro anos antes de herdar o trono britânico, o agora rei Charles 3º, então um garotão solteiro de 29 anos, protagonizou um momento que entrou para a história do Carnaval carioca.
Corria o ano de 1978 e depois de dois dias em São Paulo, onde –oh!– chegou a cair do cavalo em um evento de polo, ele desembarcou no Rio. Um de seus compromissos era no Palácio da Cidade, sede da prefeitura, onde, entre outras agendas a cumprir, assistiria a uma apresentação da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis.
Uma moça fantasiada e com boa parte do corpo esguio à mostra o tirou para dançar. Rebolava, sorria, tentava deixá-lo à vontade, mesmo sem ter ideia de quem se tratava. "Eu nem sabia quem ele era", lembra, em entrevista ao F5, Maria da Penha Ferreira, a Pinah, baluarte da escola, à época uma passista de 18 anos.
Apresentações da escola para políticos e empresários eram comuns (e ainda são), mas tudo indicava que haveria uma presença especial, tantos eram os protocolos. "O chefe dos seguranças avisou que a gente não podia passar de uma linha. Colocaram uma faixa no chão e avisaram que era para sambar daquela linha para atrás, estava cheio de regras", conta Pinah.
O rapazote magro, de smoking e com o cabelo repartidinho para o lado se aproximou e… começou a dançar Charleston. "Eu não tinha noção de quem ele era, e a primeira coisa que reparei foi que ele era muito desengonçado", recorda-se Pinah.
Ela só foi saber que se tratava do príncipe no finalzinho da festa, e ficou surpresa. "Nunca imaginei que ele iria se misturar". As imagens do príncipe tentando acompanhar a passista, à sua maneira, correram o mundo.
Especulou-se que Charles deveria estar um pouquinho calibrado. Pinah nega. "Ele era muito simpático e não estava bêbado", garante a Cinderela Negra, como ficou conhecida desde então.
De lá para cá, Pinah casou, mudou (para São Paulo), teve uma filha, abriu uma loja de artigos carnavalescos, e manteve certo contato com a família real.
Não dá para dizer que tenham um laço de amizade, mas quase. Em 2012, Pinah conheceu Harry, o caçula de Charles e Diana, quando ele veio ao Rio de Janeiro. Curtiu. "O ruivinho é simpático e educado, como o pai".
Ela agora torce para ser convidada para a cerimônia de coroação do novo rei, em data ainda a ser marcada. "Eu sou quase uma rainha, as outras mulheres dele vieram depois de mim", diverte-se a Cinderela Negra.