Juliana Lacerda, mulher de Guilherme de Pádua, negou nesta sexta-feira (12) que o casal tenha intimidade com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, e com a mulher dele, Michelle Bolsonaro. Os dois visitaram a Igreja Batista da Lagoinha, onde o assassino confesso de Daniella Perez é pastor, no último domingo (7).

Segundo a colunista Fábia Oliveira, no site Em Off, além do culto na igreja, os dois casais também teriam se cruzado em um almoço no mesmo dia. Uma foto de Michelle e Juliana com o rosto colado, que teria sido tirada nessa ocasião, viralizou nesta sexta, mas Juliana afirma que essa foi a única interação entre ela a primeira-dama.

"Gente, vazou uma foto minha com a primeira-dama, falando que eu sou amiga íntima dela, e isso é mentira", disse em vídeo publicado nas redes sociais. "A imprensa consegue ser muito suja, é mentira. Eu simplesmente estava em uma comemoração dos 50 anos do pastor Márcio, e ela estava presente nessa festa. E eu, como todos ali, estava em uma fila para poder tirar foto com ela."

"Foi apenas isso com a primeira-dama, nada mais", disse. "Eu nunca troquei uma palavra sequer com ela. Nunca mesmo. Ela nem sabia quem eu era. Ela simplesmente foi lá, gentil que é, uma pessoa extremamente simples, uma mulher de Deus, porque eu sou fã, e ela tirou essa foto comigo, como [com] todos ali nessa fila, nessa comemoração. Foi apenas isso."

A Igreja Batista da Lagoinha é liderada pelo pastor Márcio Valadão, que comemorou no domingo passado seus 50 anos de ministério. Na ocasião, Michelle Bolsonaro discursou durante cinco minutos. "É um momento muito difícil, irmãos. Não tem sido fácil. É uma briga, uma guerra do bem contra o mal. Mas eu creio que nós vamos vencer, porque Jesus já venceu na cruz do calvário", declarou, repetindo frases que o presidente costuma dizer.

Guilherme de Pádua se tornou pastor da Igreja Batista da Lagoinha em 2017 na sua cidade natal, Belo Horizonte. Recentemente, o nome dele voltou aos holofotes com a estreia da minissérie documental "Pacto Brutal", que joga luz sobre o assassinato da atriz Daniella Perez, morta aos 22 anos, em 28 de dezembro de 1992.

O corpo dela foi encontrado pela polícia, ao lado de seu carro, no matagal de uma até então pouco adensada Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, com 18 perfurações, a maioria concentrada na região do coração. O relato de uma testemunha levou a polícia a De Pádua, que era colega de elenco da vítima, e à então mulher dele, Paula Thomaz.