Celebridades
Descrição de chapéu Folhajus

'Inventando Anna': Ex-editora da Vanity Fair processa Netflix por difamação

Rachel Williams alega que foi retratada de forma negativa na série

Julia Garner em cena da série 'Inventando Anna', da Netflix - Nicole Rivelli/Netflix

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

São Paulo

A ex-editora de fotos da Vanity Fair, Rachel Williams, está processando a Netflix por difamação na série "Inventando Anna", que concorre a três Emmys. Na trama, ela é amiga Anna Delvey Sorokin, que enganou a elite de Manhattan e fez todos acreditarem que era uma herdeira internacional.

No processo, a ex-funcionária da Vanity Fair –que foi enganada em US$ 62 mil (cerca de R$ 318 mil) pela falsa milionária– diz que foi retratada de forma negativa, segundo a Vanity Fair. "[A Netflix] tomou uma decisão deliberada para fins dramáticos de mostrar Williams fazendo ou dizendo coisas na série que a retratam como uma pessoa gananciosa, esnobe, desleal, desonesta, covarde, manipuladora e oportunista."

A denúncia observa que Williams, um dos principais personagens da saga Delvey, teve o nome completo, empregador e bairro de origem que permanecem os mesmos na série e na vida real. A Netflix deu nomes fictícios e detalhes biográficos para "o advogado de negócios de Sorokin, seu namorado e a rica socialite e o estilista".

O advogado de Williams, Alexander Rufus-Isaacs, disse que este foi um fator chave no processo de difamação. "Apresentamos o caso porque a Netflix não apenas incluiu fatos falsos em 'Inventando Anna' para fazer Rachel parecer uma pessoa horrível, mas também porque usaram seu nome real e detalhes biográficos para o personagem."

Rufus-Isaacs diz que o streaming deveria ter dado um nome fictício à personagem de Williams para que ninguém a associasse a ela. Segundo ele, a reputação de sua cliente foi devastada porque os espectadores acreditavam que estavam assistindo como a verdadeira Rachel se comportava.

"O abuso que ela recebeu foi realmente horrível. Este processo visa reivindicar sua reputação e lembrar aos criadores que eles não podem criar figuras de ódio e dar-lhes nomes de pessoas reais", afirmou o advogado.

Williams escreveu sobre suas experiências com a ex-melhor amiga Delvey, em 2018, para a Vanity Fair e, mais tarde, em um livro, "Minha amiga Anna". A série da Netflix é uma adaptação do texto da jornalista Jessica Pressler para a revista New York, que foi publicado após o artigo de Williams.

Em uma declaração ao Deadline, o advogado da ex-editora da Vanity Fair sugeriu que a Netflix não alterou os detalhes biográficos de Williams porque ela optou em vender a história para a HBO, que desistiu do projeto. Os diretos foram entregues à ex-editora da Vanity Fair.