Tiago Leifert critica a 'polícia virtual dos costumes' e defende voto nulo
Jornalista causa polêmica ao dizer que prefere tiro a votar em Lula ou Bolsonaro
Já é assinante? Faça seu login
Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:
Oferta Exclusiva
6 meses por R$ 1,90/mês
SOMENTE ESSA SEMANA
ASSINE A FOLHACancele quando quiser
Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.
Tiago Leifert, 42, publicou um vídeo na tarde desta terça-feira (7) em seu Instagram, dando uma resposta às várias críticas que recebeu por sua posição política declarada em algumas entrevistas nas últimas semanas. O apresentador afirmou que errou ao falar sobre o que pensa, mas continuou defendendo seu possível voto nulo.
"Cometi um erro grave, falei como penso politicamente. Desde então fui chamado de covarde, imbecil, burro, que eu não sei nada sobre a vida", afirmou ele, que deu início à polêmica ao dizer no podcast Tapa na Cara que "preferia tomar um tiro" a votar em Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno das eleições presidenciais.
Em um vídeo de seis minutos, Leifert disse que foi atacado após expressar sua opinião e ressaltou como o "tom professoral" o incomoda: "Eles dizem: 'você não sabe nada, eu sei tudo. Vou te explicar porque você é burro e deve votar em quem eu quero.' Olha que curioso", disse. "Engraçado, na minha cabeça isso é a coisa mais anti-democrátrica."
Leifert não citou nomes, mas chamou seus críticos de "polícia virtual dos costumes" que "subjuga, humilha e xinga só porque pensa diferente dela" e completou, defendendo o debate e a conversa para convencer alguém a mudar a opinião. "Precisamos dar às pessoas o direto de falar o que elas quiserem."
As declarações sobre o possível voto nulo de Leifert provocaram uma enxurrada de críticas, como a do empresário e influenciador Felipe Neto, que, sem citar o nome do jornalista, deixou claro nas redes sociais sua indignação com o voto nulo e disparou: "Você é um nojo".
A controvérsia aumentou ainda mais, nesta segunda (6), quando, em uma nova transmissão ao vivo, Leifert respondeu à provocação do colega Rica Perrone. "Queria te parabenizar, porque você é oficialmente um desafeto do Felipe Neto. Acho que você atingiu um patamar notável na sua incrível trajetória", disse Perrone.
"Nós estamos aqui falando de seleção brasileira, Copa do Mundo, Neymar. Vamos manter o nível alto e voltar a falar de futebol do que perder tempo com galera do Twitter, trolzinho de Twitter, dona não sei quem, Felipe não sei quem lá. Isso aí é trolzinho de Twitter. Estamos falando de Copa do Mundo, olhando para o maior evento do mundo, vamos honrar vocês [espectadores da live] com conteúdo e não ficar falando de gente inferior", respondeu Leifert.
A troca de farpas então continuou nesta terça-feira. "Ser chamado de 'gente inferior' por um sapatênis faria limer que odeia pobre é literalmente um elogio", disparou Felipe Neto em seu Twitter, repostando também outros internautas que estavam debatendo o assunto, como o comentarista de futebol Gerd Wenzel e o escritor Henry Bugalho.
"Em sua polêmica com Felipe Neto, Tiago Leifert se refere ao youtuber como 'gente inferior'. O termo utilizado remete à ideologia nazista para descrever 'pessoas ou povos inferiores'", escreveu Wenzel.
Já Bugalho disse que já viu "gente se achar superior porque gosta de música erudita, é PhD em alguma coisa, fala de assuntos complexos e que a maioria das pessoas não entende, e nem isso justifica. Foi a primeira vez que vi alguém se sentir superior porque está falando de futebol, Copa do Mundo e Neymar".
Essa não é a primeira vez que Leifert se envolve em polêmica nas redes sociais desde que deixou a apresentação do Big Brother Brasil e a Rede Globo. No final do ano passado, o apresentador não gostou de um comentário do ator Ícaro Silva dizendo que nunca participaria do reality por considerá-lo um "entretenimento medíocre".
Ao respondê-lo, Leifert deixou a polêmica ainda maior ao afirmar que "provavelmente pagamos o seu salário", se referindo ao sucesso do BBB durante um período de escassez de produções por causa da pandemia. A fala, no entanto, foi encarada como racista e rendeu mais uma série de críticas ao apresentador.
Na ocasião, Leifert também encerrou as trocas de farpa com um longo vídeo postado em suas redes sociais. "Eu fui atacado por causa da minha religião, por causa da minha família e eu não fiz isso em nenhum momento. Eu não ataquei a família de ninguém, não ataquei a índole de ninguém, eu não ataquei a trajetória de ninguém, não fiz isso em nenhum momento", disse.