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Celebridades

Cantora Marina menciona Bolsonaro e diz que 'censura ainda está viva'

Britânica fez manifestação política no Lollapalooza contra Jair e Putin

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São Paulo

A cantora britânica Marina, 36, –que usava o nome de Marina and the Diamonds, e se apresentou no Lollapalooza Brasil na última sexta-feira (25)–, foi ao Twitter criticar o pedido de proibição de manifestações políticas durante shows do festival, acatado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"A censura ainda está viva e bem. Os advogados de Bolsonaro entraram com uma petição ao Supremo Tribunal Eleitoral para impedir que artistas façam 'manifestações políticas', devido a mim e outros 2 artistas que deram voz as suas opiniões no Lolla", escreveu ela na rede social nesta terça-feira (29), mencionando os momentos de seu show em que xingou Putin e Bolsonaro no palco.

"Muitos de nós estão cansados desses velhos que pensam que são donos dos países que 'lideram'", continuou em outro tuíte. "Eles não são donos de nada. E eles são mais fracos do que pensamos. Quando as pessoas sentem que não têm poder, tentam tirá-lo dos outros".

Além de fazer um "L" com a mão em referência a Lula, ao final do show Pabllo Vittar desceu do palco e desfilou com uma bandeira com o rosto do ex-presidente. Folhapress/Rubens Cavallari

O rapper Emicida também xingou o presidente e convidou jovens de 16 a 17 anos a tirarem o título de eleitor. Folhapress/Adriano Vizoni

Marina antes Marina and The Diamonds xingou o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o mandatário russo Vladimir Putin. Folhapress/Adriano Vizoni

Jão foi outro que incentivou os jovens a tirarem o título de eleitor e votar nas próximas eleições. Folhapress/Rubens Cavallari

SAO PAULO, SP, BRASIL - 25.03.2022 - Lollapalooza Brasil 2022 no autodromo Jose Carlos Pace. Show The Strokes no palco Budwiser (foto: Rubens Cavallari/Folhapress - Ilustrada) * * * EXCLUSIVO * * * ORG XMIT: mob. Rubens Cavallari/

Tico Santa Cruz, vocalista do Detonautas, foi além e fez um discurso contrário ao governo federal. Folhapress/Rubens Cavallari

Já Silva reagiu às manifestações contrárias a Bolsonaro dizendo: "Essa é a minha galera". Folhapress/Adriano Vizoni

A banda Fresno projeta a frase 'Fora Bolsonaro' no telão do palco de seu show, enquanto Lulu Santos, convidado a subir ao palco com a banda, disse que 'cala a boca já morreu' e pediu o fim da censura. Vanessa Carvalho/Brazil PhotoPress

Durante a canção "Me Toca", Marina Sena e suas bailarinas fizeram um "L" com a mão, assim como a cantora Pabllo Vittar, uma referência ao ex-presidente Lula, do PT. UOL/Mariana Pekin

Julian Casablancas, dos Strokes mandou um 'fora, Bolsonaro' ao final da apresentação da banda. Rubens Cavallari/

O rapper Djonga foi mais um a puxar um coro de 'Fora, Bolsonaro' e ainda xingou o presidente: 'Dedo do meio para o alto, e pensem em um cara que vocês odeiam'. 'Bolsonaro, vai tomar no cu. Vou falar 20 vezes isso hoje. Não é para falar? Então vou, faltam 19', completou.. Folhapress/Rubens Cavallari

Perto do fim do show da banda Idles, o público puxou um grito de "fora, Bolsonaro". A banda não reagiu, mas puxou a música "Samaritans", em que debocham da masculinidade. Folhapress/Adriano Vizoni

Durante o show de Jup do Bairro, o público puxou um coro celebrando o ex-presidente Lula, do PT; o ouvir, a cantora fez um "L" com a mão. Divulgação/Mila Maluhy - 23.mar.2022

Clarice Falcão puxou um coro para Lula e dedicou "Banho de Piscina" ao nosso futuro ex-presidente' Jair Bolsonaro (PL); a música começou com o verso 'eu quero ver você numa piscina de óleo fervendo'. Folhapress/Rubens Cavallari

O ministro Raul Araújo decidiu liminarmente no último sábado (26) que manifestações a favor ou contra qualquer candidato ou partido político estavam proibidas no festival Loollapalooza, sob pena de multa de R$ 50 mil.

Na decisão, Araújo acatou parcialmente um pedido da campanha de Bolsonaro, realizado na manhã do mesmo dia após as manifestações políticas de Pabllo Vittar e da cantora Marina.

Os advogados do PL também haviam solicitado a condenação do Lollapalooza por propaganda eleitoral antecipada, pedido que não foi aceito.

Ministros das cortes superiores acreditam que o teor da ordem pode ser interpretado como censura. Há o receio de que o TSE acabe deslegitimado nesse processo, o que deu início à articulação para reverter a liminar.

Em resposta, a empresa produtora do Lollapalooza, a T4F, entrou com pedido de reconsideração no TSE na tarde de domingo. No documento encaminhado à corte eleitoral, a defesa do festival afirma não ter como fazer cumprir a ordem que "veda manifestações de preferência política" e diz não poder agir como censora privada, "controlando e proibindo o conteúdo" das falas.

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