Celebridades

Bill Cosby pode ir a novo julgamento por agressão sexual na Califórnia

Ator já foi condenado em outra ação de abuso sexual, que foi anulado

Bill Cosby - Mark Makela - 30.jun.2021/ Reuters

Continue lendo com acesso ilimitado.
Aproveite esta oferta especial:

Oferta Exclusiva

6 meses por R$ 1,90/mês

SOMENTE ESSA SEMANA

ASSINE A FOLHA

Cancele quando quiser

Notícias no momento em que acontecem, newsletters exclusivas e mais de 200 colunas e blogs.
Apoie o jornalismo profissional.

Los Angeles

O comediante Bill Cosby, 84, poderá ir a julgamento cível por supostamente agredir sexualmente uma adolescente há 47 anos, com o desarquivamento de uma ação apresentada há sete anos, informou nesta sexta-feira (13) um juiz do condado de Los Angeles.

A ação apresentada em dezembro de 2014 assegura que o ator, que saiu recentemente da prisão, agrediu sexualmente Judy Huth na mansão Playboy em 1974, quando ela tinha apenas 15 anos. A agressão provocou na então menor de idade um "agudo dano psicológico e mental", segundo Huth.

O caso foi suspenso, enquanto Cosby enfrentava um julgamento penal na Pensilvânia por drogar e agredir sexualmente, em 2004, outra mulher, Andrea Constand, que trabalhava na universidade do Templo na Filadélfia.

Cosby foi primeiro condenado e depois libertado por decisão da Suprema Corte do estado, que advertiu que não lhe permitiram ter um julgamento justo.

A partir desta decisão, o juiz de Los Angeles suspendeu praticamente a totalidade da suspensão que pesava no caso cível, exceto no que diz respeito a uma eventual declaração de Cosby. Esta última vigora até 30 de setembro, quando se saberá se a decisão da Suprema Corte da Pensilvânia será apelada na Suprema Corte dos Estados Unidos.

Dúzias de mulheres dizem ter sido agredidas sexualmente pelo ator, mas só o caso de Constand chegou a um julgamento penal devido a prescrições. A soltura de Cosby, que cumpriu dois anos de prisão de uma sentença de três a dez, irritou várias advogadas do movimento #MeToo.

Sua sentença foi a primeira por agressão sexual de uma celebridade desde o advento do movimento mundial contra a violência sexual e o abuso de poder sofrido pelas mulheres. Mas a corte não o inocentou, apenas anulou a condenação por uma questão técnica.