Celebridades

Steven Seagal se filia a partido pró-Kremlin e propõe leis mais duras

Ator propôs maior repressão às empresas que prejudicam o ambiente

O ator Steven Seagal - via REUTERS

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Maria Tsvetkova
Moscou

Reuters

O ator de Hollywood Steven Seagal, 69, um admirador de longa data do presidente russo Vladimir Putin, se filiou a um partido pró-Kremlin, disse o partido neste domingo (30).

Seagal recebeu um cartão de membro de uma aliança chamada Just Russia – Patriots – For Truth (Apenas Rússia – Patriotas – Pela Verdade) no sábado (29), segundo mostrou um vídeo divulgado pelo partido. A aliança foi formada no início deste ano quando três partidos de esquerda, todos apoiando Putin, se fundiram em um.

Seagal, cidadão russo desde 2016, propôs maior repressão às empresas que prejudicam o meio ambiente.

“Quando não podemos prender os criminosos e apenas os multamos, eles provavelmente estão ganhando mais dinheiro com a produção das coisas que contaminam o meio ambiente”, disse o ator em seu discurso de boas-vindas em um evento partidário.

O partido controla uma parte da câmara baixa do parlamento russo e planeja participar de eleições parlamentares em setembro. Seagal, um artista nascido nos EUA, é bastante conhecido por produzir e estrelar filmes de ação, enquanto Putin, que lhe concedeu a cidadania russa, é fã de artes marciais.

Na cerimônia de sábado, Seagal posou para fotos ao lado de um dos líderes do partido, o escritor russo Zakhar Prilepin, que se alistou em um exército de separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia e admitiu comandar uma unidade de combate em um conflito que matou 14.000 pessoas em sete anos.

Em 2018, a Rússia encarregou Seagal de melhorar os laços humanitários com os EUA no momento em que as relações entre os dois países se deterioravam ao pior nível desde a Guerra Fria.

Em maio, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, recebeu uma espada de samurai de presente do ator, que visitava o país sul-americano como representante da Rússia. Imagens do encontro entre os dois foram mostradas pela televisão estatal na noite de terça-feira (4).

Maduro, que usava uma máscara branca e a tradicional camisa preta de manga comprida venezuelana conhecida como liqui liqui, posicionou a espada sobre o ombro enquanto Seagal assentia com a cabeça. As imagens foram transmitidas do palácio presidencial Miraflores, em Caracas.

"O chefe de Estado venezuelano manobra depois de puxar a espada", disse um narrador da TV estatal, classificando a arma como um "símbolo de liderança".

Maduro é rotulado como ditador pelos Estados Unidos e muitas outras nações ocidentais, que o acusam de violar direitos humanos e de ter fraudado a reeleição de 2018. Porém, ele continua no poder graças em parte ao apoio contínuo da Rússia, que conclamou Washington a não interferir nos assuntos internos de Caracas.