Celebridades

Sean Young afirma que Ridley Scott boicotou carreira dela após ser rejeitado

Atriz foi uma das protagonistas do clássico 'Blade Runner', dirigido por ele

Sean Young durante evento em Nova York - Evan Agostini/Reuters Instagram

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São Paulo

Sean Young, 61, afirmou que teve sua carreira boicotada por Ridley Scott, 83, após se recusar a namorar com ele. A atriz trabalhou com o cineasta no clássico de ficção científica "Blade Runner", de 1982, no qual ela interpreta a replicante Rachel, o principal papel feminino.

A revelação foi feita em entrevista ao site The Daily Beast, após ela ser perguntada a respeito de uma cena de sexo bastante agressiva e desconfortável entre a personagem dela e Rick Deckard, o detetive vivido por Harrison Ford. Para a atriz, tratou-se de uma retaliação do diretor.

"Bem, honestamente, Ridley [Scott] queria que eu namorasse com ele", afirmou. "Ele tentou muito no início das filmagens que eu o namorasse, e eu nunca o faria. Eu estava tipo: não. Então, ele começou a namorar a atriz que interpretava Zhora, Joanna Cassidy, e eu me senti aliviada."

"E então fizemos essa cena, e acho que foi Ridley", continuou. "Acho que Ridley estava tipo, vá se foder. Eu estava pensando: 'Por que isso tem que ser assim? Qual foi o sentido daquilo?'. Acho que era a mensagem não muito sutil de Ridley de que ele estava acertando as contas comigo."

A atriz diz que o diretor não tomou bem a rejeição, o que fez com que ambos nunca mais voltassem a trabalhar juntos. "Ele nunca mais me contratou, e isso foi estranho", avaliou. "Que porra é essa? Você contrata Russell Crowe um zilhão de vezes e não vai me contratar de novo? E fui muito legal com Ridley ao longo dos anos. Eu nunca falei mal dele. Só mais tarde me ocorreu que acho que o ofendi."

Ela ainda comenta que essa rejeição se estendeu à continuação do filme, "Blade Runner 2049", lançado em 2017. Ela chegou a ceder o uso da imagem dela para que a personagem Rachel fosse recriada, mas ela só aparece em alguns segundos da produção.

"Aquilo não foi ridículo? E não havia nada que eu pudesse fazer a respeito", lamentou. "Ficou muito claro que eles sabiam que o público ficaria chateado por eu não participar, mas eles não queriam que eu reclamasse disso publicamente."

"Então, eles me pagaram algum dinheiro, me fizeram assinar um contrato de confidencialidade e me deram 30 segundos", disse. "E eu estava tipo, tudo bem. Eles deram ao meu filho Quinn um emprego em 2049 nas artes visuais, e eu disse que tudo estava perdoado. Ele tem ótimas habilidades."

Até o momento, Ridley Scott não se pronunciou publicamente sobre as acusações feitas pela atriz. Ela também comentou o processo movido contra ela pelo colega James Woods, com quem trabalhou em "Tensão" (1988), alegando assédio e perseguição. Young ganhou a ação.

"Acho que a namorada dele teve muito a ver com isso", contou. "Acho que ela ficou com muito ciúme, e talvez ele estivesse tentando provar que seu coração não havia sido sacrificado pelo filme. Quem sabe. A lição que aprendi com isso é que, como pessoa racional, nunca vou entender uma pessoa irracional e louca. Porque você não pode. É irracional, então não faz sentido."