Sean Young afirma que Ridley Scott boicotou carreira dela após ser rejeitado
Atriz foi uma das protagonistas do clássico 'Blade Runner', dirigido por ele
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Sean Young, 61, afirmou que teve sua carreira boicotada por Ridley Scott, 83, após se recusar a namorar com ele. A atriz trabalhou com o cineasta no clássico de ficção científica "Blade Runner", de 1982, no qual ela interpreta a replicante Rachel, o principal papel feminino.
A revelação foi feita em entrevista ao site The Daily Beast, após ela ser perguntada a respeito de uma cena de sexo bastante agressiva e desconfortável entre a personagem dela e Rick Deckard, o detetive vivido por Harrison Ford. Para a atriz, tratou-se de uma retaliação do diretor.
"Bem, honestamente, Ridley [Scott] queria que eu namorasse com ele", afirmou. "Ele tentou muito no início das filmagens que eu o namorasse, e eu nunca o faria. Eu estava tipo: não. Então, ele começou a namorar a atriz que interpretava Zhora, Joanna Cassidy, e eu me senti aliviada."
"E então fizemos essa cena, e acho que foi Ridley", continuou. "Acho que Ridley estava tipo, vá se foder. Eu estava pensando: 'Por que isso tem que ser assim? Qual foi o sentido daquilo?'. Acho que era a mensagem não muito sutil de Ridley de que ele estava acertando as contas comigo."
A atriz diz que o diretor não tomou bem a rejeição, o que fez com que ambos nunca mais voltassem a trabalhar juntos. "Ele nunca mais me contratou, e isso foi estranho", avaliou. "Que porra é essa? Você contrata Russell Crowe um zilhão de vezes e não vai me contratar de novo? E fui muito legal com Ridley ao longo dos anos. Eu nunca falei mal dele. Só mais tarde me ocorreu que acho que o ofendi."
Ela ainda comenta que essa rejeição se estendeu à continuação do filme, "Blade Runner 2049", lançado em 2017. Ela chegou a ceder o uso da imagem dela para que a personagem Rachel fosse recriada, mas ela só aparece em alguns segundos da produção.
"Aquilo não foi ridículo? E não havia nada que eu pudesse fazer a respeito", lamentou. "Ficou muito claro que eles sabiam que o público ficaria chateado por eu não participar, mas eles não queriam que eu reclamasse disso publicamente."
"Então, eles me pagaram algum dinheiro, me fizeram assinar um contrato de confidencialidade e me deram 30 segundos", disse. "E eu estava tipo, tudo bem. Eles deram ao meu filho Quinn um emprego em 2049 nas artes visuais, e eu disse que tudo estava perdoado. Ele tem ótimas habilidades."
Até o momento, Ridley Scott não se pronunciou publicamente sobre as acusações feitas pela atriz. Ela também comentou o processo movido contra ela pelo colega James Woods, com quem trabalhou em "Tensão" (1988), alegando assédio e perseguição. Young ganhou a ação.
"Acho que a namorada dele teve muito a ver com isso", contou. "Acho que ela ficou com muito ciúme, e talvez ele estivesse tentando provar que seu coração não havia sido sacrificado pelo filme. Quem sabe. A lição que aprendi com isso é que, como pessoa racional, nunca vou entender uma pessoa irracional e louca. Porque você não pode. É irracional, então não faz sentido."