Após prisão de Belo, Gracyanne Barbosa diz que 'alguns são oprimidos por tentar trabalhar'
Modelo afirma não haver vilão ou mocinho e que é difícil trabalhar com arte no Brasil
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Gracyanne Barbosa, 37, se manifestou nesta quarta-feira (17) sobre a prisão do marido, o cantor Belo, 46, pela Delegacia Combate às Drogas (DCOD), da Polícia Civil do Rio de Janeiro, durante a Operação É o que Eu Mereço. A modelo fitness diz ser triste ver como alguns são oprimidos por tentar dar continuidade ao trabalho. Afirma que Belo tem profundo amor e respeito por seus fãs e que cumpre com as normas sanitárias contra o coronavírus.
"Vivemos um novo normal, certo? Esse novo normal é para alguns ou para todos? Todos nós. Estamos nos virando para nos adequar às novas normas. Não existe vilão ou mocinho. Seria maravilhoso e ideal se pudéssemos ficar trancados em casa aguardando a vacina chegar, que, por sinal, vai demorar para o brasileiro, né? Mas como pagamos nossas contas?", indaga Barbosa em seu stories do Instagram.
"Nós ficamos meses em casa. E mesmo agora, não saímos. Não viajamos, não vamos a festas, bares, praia, mas precisamos sair para trabalhar. Todo o Brasil já voltou a trabalhar. Na realidade do nosso país, muitos nem puderam parar. Triste. É triste ver alguns destes sendo oprimidos em suas tentativas de continuidade ao trabalho", prossegue a artista.
Belo é investigado pela realização de um show em uma escola pública no Complexo da Maré, na zona norte do Rio de Janeiro, durante a pandemia. A apresentação começou na noite de sexta (12) e se estendeu até a manhã de sábado (13), dentro do Ciep (Centro Integrado de Educação Pública) Professor César Pernetta, e não teve autorização da Secretaria de Estado de Educação. Os responsáveis podem ser acusados de promover aglomeração e pela invasão.
Procurada, a Secretaria de Estado da Educação confirmou que não foi autorizado nenhum evento na unidade educacional no último final de semana e ressaltou que "desde o início da pandemia e a suspensão das aulas presenciais, a Seeduc não autorizou nenhum evento de qualquer natureza dentro de suas unidades escolares".
Além de Belo, Célio Caetano e Joaquim Henrique Marques Oliveira, sócios da produtora de eventos que organizou o show, também foram presos preventivamente. "A Justiça também decretou a suspensão das atividades da sociedade empresária e bloqueio das contas bancárias dos investigados até que se apure os prejuízos causados pela conduta criminosa", afirmou a polícia.
Na publicação no stories, Gracyanne Barbosa afirma que o "setor entretenimento voltou à ativa, com novas regras e novos formatos". "Meu marido foi abençoado com o talento do canto. Ele é contratado para isso. Chega pela porta de trás nos locais de shows, vai direto ao camarim e entra no palco. Só em cima dele, ele tem o contato e a noção do público."
"Desde que foi liberado voltar aos shows, ele tem feito a parte dele. Cumpre as normas, testa a sua equipe, verifica tudo pertinente a ele e a sua equipe. E assim se espera que todas as outras partes também façam. Belo tem profundo amor e respeito por seus fãs. Por isso ele arrasta multidões e ainda os embala com músicas que passam mensagem de amor", diz a modelo.
"Ele se preocupa com aglomerações e sempre reivindica quando se burla alguma regra deixando ele ou seus fãs em risco. Ele já pegou Covid e em casa tem a minha sogra e outros familiares nossos na zona de risco. Logo, nosso cuidado é redobrado também para a nossa casa. Ele não pode trazer para casa uma reinfecção ou uma variante" prossegue Gracyanne Barbosa, que acompanhou o marido até a Cidade da Polícia, local onde o cantor foi detido.
"Mas torno a dizer, precisamos trabalhar. Por nós, nossa família e várias famílias que dependem desse trabalho. Belo sempre atenta a todos e só sairemos dessa pandemia e desses momentos ruins se todos nos unirmos e fizermos nossa parte. É importante que o público se cuide também", diz.
"E se for em um show do meu marido, ou outro qualquer, denuncie para a casa ou artista alguma irregularidade que o deixou em risco. Seja com questões de saúde ou outras questões. Mas é isso. Respirar fundo, orar e ter paciência. Trabalhar com arte sempre foi matar um leão por dia. Nos dias atuais e de pandemia, é matar leões a cada hora. Na verdade, não só com arte né minha gente. Nesse país tudo é difícil. Até correr atrás do sustento de nossa família. Enfim, obrigada a todas as mensagens de carinho."