Celebridades

Após crítica de Anitta, definição de 'patroa' no dicionário do Google é alterada

Já o significado de "mulher solteira", que também gerou polêmica, foi retirado da plataforma

A cantora Anitta - Instagram-31.ago.2020/@anitta

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São Paulo

Uma semana depois de Anitta, 27, reclamar do significado que aparece no Google da palavra "patroa", a plataforma mudou a definição do termo. Agora, quem busca o vocábulo no site de buscas encontra a seguinte explicação: " Proprietária ou chefe de um estabelecimento privado comercial, industrial, agrícola ou de serviços, em relação aos seus subordinados; empregadora."

Por meio de suas redes sociais, a cantora compartilhou a alteração e comemorou: "Feito". Antes da alteração, a palavra "patroa" era definida como "mulher do patrão" e "dona de casa", o que gerou a indignação de Anitta. "Mano do céu, inacreditável. Não estou acreditando que isso está no nosso dicionário”, disse ela, na ocasião.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o Google informou que a atualização do significado do termo foi feita pela Oxford Languages, parceira da plataforma, que identificou que a definição utilizada até então "não refletia mais o uso moderno da língua portuguesa falada pelos brasileiros".

Também foi feita uma reavaliação da definição da expressão "mulher solteira". Isso porque, após a reclamação de Anitta, Luísa Sonza mostrou descontentamento com a explicação do Google para o verbete. O significado apresentado era "prostituta ou meretriz". No caso de "homem solteiro", o resultado era apenas "ainda não se casou".

No caso de "mulher-solteira", a decisão da Oxford foi retirar o significado da busca. "A pesquisa mostrou que a definição exibida ainda reflete o uso da expressão em algumas regiões do país, mas percebemos que a forma de apresentar a definição poderia levar a uma compreensão equivocada e confusa, e por isso ela foi retirada", informa.

Segundo posicionamento oficial da Oxford, as revisões dos dois termos, "patroa" e "mulher solteira", foi feita após questionamentos dos usuários. "Criar e manter um dicionário é uma tarefa eterna, que não acaba nunca. Ela deve se basear no objetivo de registrar e refletir uma língua com precisão. Para fazer isso, as sugestões e opiniões das pessoas reais, que usam o idioma no dia a dia, são uma contribuição indispensável", informa em nota.

Ainda segundo o comunicado, os dicionários produzidos pela Oxford Languages não determinam como a língua é usada, "e sim refletem esse uso". "Isso significa incluir palavras que podem ser consideradas ofensivas mas ainda estão em uso –mesmo que nós mesmos não adotemos esses termos no nosso vocabulário pessoal."

"Os dicionários também contemplam regionalismos e termos que caíram em desuso, mas que ainda podem ser encontrados em leituras. A ideia é oferecer um retrato preciso e detalhado do idioma como um todo. Um exemplo: um usuário pode estar lendo um romance escrito no início do século 20, e queremos ajudar essa pessoa a encontrar e entender termos que hoje podem parecer estranhos – mais importante ainda, a entender como e quando devem ser usados, sobretudo quando há risco de que aquela palavra seja considerada ofensiva", complementa a Oxford.