Com decisão do STF, famosos pedem liberdade a ex-presidente Lula nas redes sociais
Citações à prisão do DJ Renan da Penha também são destaque na internet
Assim que o STF (Supremo Tribunal Federal) decidiu que uma pessoa só pode começar a cumprir pena após o trânsito em julgado do processo (quando não cabem mais recursos, e a ação é finalizada), artistas começaram a se pronunciar pedindo a liberdade do ex-presidente Lula, nas redes sociais.
Desde 2016, a Justiça considerava que um condenado podia ser preso após sentença em segunda instância, como é o caso de Lula. Com a decisão, quem se enquadra nesse caso poderá entrar com pedido de liberdade.
Os atores Débora Nascimento, José de Abreu, Enrique Diaz, Maurício Destri, Maria Ribeiro, Gregório Duvivier e a modelo Lea T estão entre os nomes que divulgaram imagens do ex-presidente com a hashtag #lulalivre.
Na manhã desta sexta-feira (8), alguns artistas aproveitaram para brincar com a hashtag #sextou com imagens de celebração e referências a Lula. Leandra Leal usou uma foto em que o cantor Chico Buarque faz um brinde com o ex-presidente.
O advogado de Lula já protocolou o pedido de liberdade do ex-presidente.
Perfis diversos das redes sociais também lembraram da prisão do DJ Renan da Penha com a hashtag #DJNãoÉBandido. Liberado pela Justiça em primeira instância, ele acabou preso após recurso solicitado pelo Ministério Público. Criador do Baile da Gaiola, Penha foi acusado de servir ao crime "organizando bailes clandestinos nas comunidades e produzindo músicas ('funks') enaltecendo o tráfico de drogas", o que ele e sua equipe negam.
Segundo o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), 4.895 pessoas podem ser impactadas pela decisão, pois foram presas após terem sido condenadas em segunda instância.
A libertação não é automática após o encerramento do julgamento no Supremo, e a saída da cadeia depende de pedidos de cada defesa ou de solicitações do Ministério Público aos juízes de execução penal, que administram o dia a dia das penas.
É possível também que os juízes de primeira instância determinem a soltura sem serem provocados pelas partes. O juiz de primeiro grau pode ainda negar pedido de libertação argumentando que o acórdão com a decisão do STF ainda não foi publicado, mas esse posicionamento tende a ser derrubado nas cortes superiores.