Camisetas das Spice Girls são produzidas em fábrica de Bangladesh que paga R$ 1,70 a hora
Funcionárias são alvo de insultos e perseguição
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Uma investigação do jornal britânico The Guardian revelou que as camisetas promovidas pelo grupo Spice Girls, em prol da igualdade de gênero, são produzidas em uma fábrica em Bangladesh onde as funcionárias recebem R$ 1,70 pela hora de trabalho.
As camisetas com os dizeres #IWannaBeASpiceGirl ("Quero ser uma Spice Girl") são produzidas em sua maioria por mulheres, que se dizem forçadas a trabalhar 16 horas por dia e insultadas se não atingem as suas metas.
Há inclusive casos de funcionárias dessa fábrica que desmaiaram ao longo do expediente. Ao jornal britânico, uma delas disse que trabalha em condições desumanas.
"É inverno, os meus filhos precisam de roupas quentes, mas nos últimos meses tenho-lhes dito para esperar, porque ainda não tenho dinheiro para as comprar”, declarou.
A fábrica pertence a um ministro do governo de Bangladesh, e as camisetas produzidas custam £ 19,40 (cerca de R$ 93,6) cada. Desse valor, £ 11,60 libras (R$ 55,9) são revertidos para a campanha.
No entanto, a Comic Relief, organização britânica de caridade que deveria receber o dinheiro da campanha, disse que ainda não recebeu nenhum valor e que está “chocada a revoltada” com a notícia. Um porta-voz das Spice Girls disse estar “profundamente chocado e estupefato”.
A empresa responsável pela fábrica, a Interstoff Apparels, diz que as denúncias apresentadas pelo jornal “simplesmente não são verdade”.
DE VOLTA
As Spice Girls, grupo feminino britânico dos anos 1990, anunciaram nesta segunda-feira (5) que vão se reunir, sem Victoria Beckham, em junho para uma turnê de seis apresentações pelo Reino Unido, que incluirá um show no estádio de Wembley.
As cinco ex-componentes do grupo pop tinham anunciado há meses seus planos de voltar a se apresentar juntas pela primeira vez desde 2012, mas Beckham confirmou nesta segunda-feira que não participará do reencontro.