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Saiba o que é a aromaterapia e como usar óleos essenciais

Método terapêutico usa aromas para trazer bem-estar físico e emocional

Aromaterapia é uma terapia holística - Personare

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Solange Lima

personare

A aromaterapia é uma terapia holística que proporciona sensação de bem-estar, tanto físico quanto emocional, com a utilização de óleos essenciais. Pode ser utilizada todas as vezes que a pessoa sentir necessidade de buscar algum tipo de efeito terapêutico para a vida.

O ideal é lançar mão dos óleos essenciais que têm mais a ver com seu momento ou ambiente no qual se encontra. Cada um oferece uma propriedade diferente e faz sentir várias sensações. A seguir, veremos o que é aromaterapia, como usar difusor, colar e os óleos essenciais no dia a dia.

AROMATERAPIA: O QUE É

Mas afinal o que é aromaterapia? É uma terapia holística que usa as propriedades terapêuticas dos óleos essenciais para problemas físicos, como doenças, ou psicológicos e emocionais, como ansiedade, insônia e depressão.

A aromaterapia mostra que há ligações entre o olfato e os sentimentos. Ao inalar os aromas, os canais olfativos mandam a mensagem diretamente para o sistema límbico, a parte do sistema nervoso que é responsável pelas emoções.

Depois disso, o cérebro reage às propriedades aromáticas, modificando o humor ou o estado de espírito de alguém. Sendo assim, é possível que uma pessoa triste ou desanimada fique um pouco mais alegre ou que alguém agressivo sinta-se calmo e relaxado ao sentir o cheiro de óleos específicos para esse estado mental.

É possível que uma pessoa triste ou desanimada fique um pouco mais alegre ou que alguém agressivo sinta-se calmo e relaxado ao sentir o cheiro de óleos específicos para esse estado mental.

No entanto, é importante não confundir óleos essenciais com essências –que não possuem qualquer tipo de efeito. Os óleos essenciais são feitos a partir de plantas medicinais e possuem efeitos terapêuticos, já estudados e comprovados pela ciência.

CURSO DE AROMATERAPIA

A aromaterapia é uma profissão livre no Brasil, ou seja, ela não é reconhecida como uma ocupação pelo Ministério do Trabalho, nem é regulamentada através de lei pelo Congresso Nacional.

Não vou entrar nesse longo debate aqui, mas se você se interessa pelo tema, tem basicamente dois caminhos: se informar sobre o assunto, o que pode ser via artigos (como aqui no Personare) ou livro de aromaterapia, por exemplo, o que não dispensa a consulta a um aromaterapeuta, ou pode você mesmo fazer curso de Aromaterapia.

Eu sou super a favor da formação e da formalização da atividade, mas esta é uma decisão que cabe a cada pessoa. Caso você queira fazer um curso de aromaterapia, pode fazer um básico, que pode durar em torno de 16 horas e te dá noções gerais sobre como utilizar os óleos essenciais, seja para uso próprio ou com a família.

Ou então pode fazer um curso de Aromaterapia mais profissional, para atuar como aromaterapeuta formal. Eu gosto de indicar três fontes de conhecimento de aromaterapia e cursos. Atualmente, todas as formações são online.

LIVRO DE AROMATERAPIA

Se você quiser dar os primeiros passos neste ramo, indico alguns livros de aromaterapia:

  • "Guia Completo de Aromaterapia e Cura Vibracional: 60 óleos essenciais e seus elementos vibracionais", de Margaret Ann Lembo – Editora Pensamento
  • "Técnicas de Aplicação de Óleos Essenciais: Terapias de Saúde e Beleza", de Fernando Amaral – editora Cengage Learning
  • "A Bíblia dos Óleos Essenciais", de Danièle Festy – Editora Laszlo (aliás, a Editora Laszlo tem vários títulos de livros para quem quer aprender mais sobre o assunto)

COMO PRATICAR AROMATERAPIA

Geralmente, os óleos essenciais são muito concentrados e não devem ser utilizados em contato direto com a pele. Para praticar a aromaterapia, há diversos tipos de acessórios. Em casa ou no trabalho, por exemplo, opte por um difusor de aromaterapia ou um aromatizador, que pode ser elétricos ou à base de velas, e têm efeito prolongado.

Se não for ficar num mesmo lugar e quiser carregar consigo os benefícios dos óleos essenciais o dia inteiro ou por mais dias seguidos, no caso de tratamento, pode usar o colar de aromaterapia, também chamados de difusor pessoal de aromaterapia.

A seguir, saiba um pouco mais sobre esses dois tipos de acessórios, que são os mais comuns. Ou, caso prefira, saiba como fazer um aromatizador caseiro.

DIFUSOR DE AROMATERAPIA


  • O umidificador e difusor de aromas possui tecnologia de difusão a frio, que não altera a fórmula do óleo essencial, preservando as propriedades terapêuticas dos óleos.
  • A névoa produzida pelo difusor de aromaterapia é composta por partículas de água e óleo essencial que também ajudam a umidificar o ambiente.
  • Essa difusão ultrassônica adiciona íons negativos ao ar, que ajudam a eliminar bactérias, vírus, poluentes e microrganismos que você normalmente respira, aumentando a qualidade do ar.
  • Os íons gerados pelo difusor ultrassônico de aromaterapia ainda aumentam o fluxo de oxigênio no ambiente, melhorando o bem-estar em geral.
  • Alguns modelos também possuem iluminação LED, com sete cores, trazendo o benefício também da cromoterapia.
  • Existem vários tipos de difusor pessoal de aromaterapia, chamados de colar aromático, difusor pessoal ou colar para aromaterapia, que variam de materiais como porcelana, crochê, madeira, cerâmica, cristais, prata, ouro e ródio negro, dentre outros.
  • Os modelos mais baratos e simples geralmente têm uma durabilidade menor.
  • Os colares são a forma mais fácil de utilizar os óleos no cotidiano. Alguns modelos já têm o material (uma esponjinha ou feltro de algodão, por exemplo) para ser inserido no colar, como os de prata e ouro.
  • Neste caso, é só pingar de 1 a 2 gotinhas do óleo essencial no material, encaixar na peça e colocar no pescoço, para se beneficiar das propriedades terapêuticas ao longo do dia.

Observação importante: não ultrapasse a quantidade de gotas e use o colar no máximo duas horas por dia. Para mais informações, consulte sempre um aromaterapeuta.

AROMATIZADOR CASEIRO

  • Caso prefira, também é possível fazer um aromatizador caseiro.
  • Coloque as pétalas de uma rosa branca em 60ml de álcool de cereais e deixe descansar por 24 horas até uma semana, quanto mais tempo, mais forte o aroma fica.
  • Depois disso, basta coar as pétalas e acrescentar três gotas do óleo essencial escolhido.

BENEFÍCIOS DA AROMATERAPIA

Óleos essenciais e aromaterapia podem ser utilizados todas as vezes que a pessoa sentir necessidade de buscar algum tipo de efeito terapêutico para sua vida. Atualmente, uma das principais buscas é a aromaterapia para ansiedade. A fama não é à toa. Alguns óleos essenciais, como a lavanda, realmente têm o poder de acalmar e relaxar, reduzindo os sintomas.

A seguir veja outros benefícios e para que serve a aromaterapia:

  • Ajuda a aliviar situações de estresse
  • Combate a irritação e a agressividade
  • Gera efeitos calmantes
  • Ajuda a elevar a autoestima e amor próprio
  • Pode melhorar uma relação afetiva, familiar e profissional
  • Traz equilíbrio emocional e sensação de bem-estar
  • Ajuda nos estados de ansiedade e depressão
  • Alivia sintomas de doenças
  • Ameniza dores crônicas
  • Melhora na qualidade do sono, trazendo calma e tranquilidade
  • Ajuda no sistema imunológico

ÓLEOS ESSENCIAIS PARA AROMATERAPIA

Falmos em aromaterapia e lavanda, que é um dos óleos essenciais “coringas” e muito utilizados para este fim. Mas existem mais de 300 óleos essenciais diferentes. Cada um tem suas propriedades e benefícios.

Como é um tratamento individual e personalizado, não dá para classificar quais são os melhores óleos essenciais para aromaterapia, sendo que os componentes químicos podem se repetir em maior ou menor quantidade em determinado óleo, e os óleos podem ter contraindicações.

Além disso, se você tiver um “kit de aromaterapia” em casa, pode usar mais de um óleo essencial e fazer uma sinergia ou blend, potencializando os efeitos que deseja, mas lembre-se que só o aromaterapeuta pode te ajudar e indicar a melhor sinergia ou blend para seu momento e evita que você use óleos estimulantes como óleos calmantes por exemplo.

A seguir, veja algumas recomendações de óleos para aromaterapia em situações específicas.

AROMATERAPIA EM SITUAÇÕES ESPECÍFICAS

  1. Aromaterapia para ansiedade: lavanda e tangerina

  2. Óleos essenciais antivirais: tea tree (melaleuca), porque possui excelentes propriedades antivirais e germicidas são úteis no tratamento de infecções repetitivas e da fraqueza decorrente de viroses e ajuda no sistema imunológico.

  3. Óleos essenciais anti-inflamatórios: copaíba têm efeitos anti-inflamatórios, sendo indicados no tratamento de artrites, artroses, dores musculares e dermatites, entre outros benefícios.

  4. Óleos essenciais para o cabelo: cedro, pois ajuda a regular o couro cabeludo quando este é muito seco ou muito oleoso equilibrando seu pH.

  5. Óleos essenciais para vias respiratórias: eucalipto, hortelã-pimenta, tea tree (melaleuca) e cipreste são indicados tanto para prevenção quanto tratamento, para amenizar doenças respiratórias, aliviando sintomas de rinites, sinusites, bronquite, asmas e resfriados. Alguns óleos como eucalipto tem contraindicações, consulte um aromaterapeuta.

  6. Óleos essenciais para celulite e gordura localizada: grapefruit é excelente para amenizar as gorduras localizadas e a celulite, pois age no sistema linfático, eliminando as toxinas do corpo, e funcho doce ou erva-doce ajuda na má circulação, combatendo a celulite. Lembrando que o grapefruit é fotossensível (não se deve expor ao sol), e o funcho (chamado também de erva-doce) tem contraindicações por ser um fito hormônio.

  7. Óleos essenciais para equilibrar os chakras: lavanda tem o poder de equilibrar todos os chakras, sem contar que é excelente antidepressivo, tem o poder de relaxar, acalmar e diminuir a ansiedade.

CONTRAINDICAÇÕES

Os óleos essenciais, além de se serem altamente concentrados, podem causar manchas se usados sobre a pele e expostos ao sol. Por isso, é preciso ter o cuidado de usá-los apenas diluídos em óleos vegetais, bases neutras de creme hidratante ou álcool de cereais.

No caso de gestantes, aconselha-se evitar o uso dos óleos essenciais até o quinto mês de gravidez (óleos vegetais, como de amêndoas e semente de uva, podem ser usados).

Já para as crianças, o óleo essencial é permitido, mas em dosagens mínimas —uma ou duas gotas no aromatizador de ambiente. O contato do produto com a pele dos pequenos deve ser evitado.

Um óleo específico que possui contraindicação é o de ylang ylang. Essa florzinha oriental possui um óleo com aroma forte e exótico, que deve ser evitado por quem tem pressão baixa. Alguns óleos como o alecrim não podem ser usados em caso de hipertensão e epilepsia. Portanto, o ideal é que haja a orientação de um aromaterapeuta na utilização desses produtos.

ÓLEOS CARREADORES

Outra opção de uso dos óleos essenciais é a sua mistura com os chamados “carreadores”. Os óleos essenciais não podem ser aplicados diretamente na pele, pois causam reações alérgicas ou queimaduras.

Por esse motivo, é necessário utilizar essas substâncias, que diminuem sua concentração —função assumida pelos óleos vegetais, como o de copaíba, amêndoas doces ou semente de uva.

ÓLEOS VEGETAIS PRENSADOS

  • Os óleos vegetais prensados a frio são os mais indicados, por serem ricos em ácidos graxos insaturados e isentos de conservantes ou emulsificadores —informações que geralmente vêm no rótulo dos produtos.
  • Esses óleos possuem propriedades que favorecem a absorção dos componentes químicos dos óleos essenciais, quando aplicados na pele.

ÓLEOS MINERAIS

  • Os óleos minerais são largamente utilizados em produtos cosméticos, pelo seu baixo custo.
  • No entanto, esse produto obstrui as glândulas de excreção da pele e, quando usado em conjunto com os óleos essenciais, também interrompe todo o seu efeito terapêutico.

ORIGEM DA AROMATERAPIA

Ao que tudo indica, o Egito foi o berço da aromaterapia, Cleópatra ficou conhecida como a primeira aromaterapeuta, pelas suas habilidades com as ervas aromáticas, o conceito aromaterapia foi utilizado pela primeira vez na França.

A arte não era usada apenas para perfumar, mas também nas cerimônias de adoração divina, e em alguns processos terapêuticos. Além disso, os egípcios utilizavam gomas e óleos para embalsamar os mortos. No entanto, somente durante os séculos 16 e 17 os óleos essenciais começaram a circular no comércio e a aromaterapia ganhou mais visibilidade no mundo.

O nome do método, aliás, foi criado em 1928 pelo químico francês Maurice René de Gattefossé. Ao queimar seu braço e mergulhá-lo acidentalmente em óleo de lavanda, o especialista percebeu que a dor melhorou e em poucos dias o local queimado estava curado.

Desde então, Gattefossé se dedicou ao estudo das propriedades terapêuticas dos óleos essenciais. Durante a Segunda Guerra Mundial, diante da escassez de antibióticos para tratar os feridos, alguns médicos fizeram tentativas com essências e o uso da técnica se mostrou eficaz para atenuar os processos de infecção.

CLEÓPATRA E OS ÓLEOS ESSENCIAIS

Até Cleópatra, a rainha do Egito, já conhecia os benefícios que a aromaterapia podia trazer. Dizem que ela usava o poder dos aromas para seduzir seu amado Marco Antônio, impregnando as velas que serviam para iluminar suas embarcações com óleo de jasmim.

Dessa forma, seu cheiro era levado pelo vento e sentido antes mesmo de sua chegada. A ideia era criar uma atmosfera de sedução para seu amante, que a esperava ansiosamente.

Ainda sobre Cleópatra, nas noites em que fazia amor com Marco Antônio, a rainha pedia para suas criadas mergulharem aves em recipientes contendo óleo de rosa. Quando os pássaros voavam, impregnavam o ambiente com o perfume das flores. Não é à toa que o amor dos dois marcou época e permanece até hoje no imaginário de muita gente.