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Harvard é processada por descendente de escravo norte-americano fotografado no século 19

Imagem foi usada em estudo que tentava provar inferioridade negra

Tamara Lanier processa Universidade de Harvard por foto do avô, um escravo africano chamado Renty
Tamara Lanier processa Universidade de Harvard por foto do avô, um escravo africano chamado Renty - Lucas Jackson/ Reuters
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Gabriella Borter

A descendente de um escravo norte-americano entrou com um processo nesta quarta-feira (20) contra a Universidade de Harvard para obter a posse de fotos de seu tataravô que a escola encomendou em 1850 em nome de um professor que tentava provar a inferioridade de pessoas negras.

As fotos, que retratam um homem negro chamado Renty e sua filha Delia, foram tiradas como parte de um estudo do professor de Harvard Louis Agassiz e estão entre as primeiras fotos de escravos norte-americanos das quais se têm conhecimento.

Atualmente, elas são mantidas no Museu Peabody de Arqueologia e Etnografia do campus de Cambridge, Massachusetts, da Universidade de Harvard.

Um representante de Harvard afirmou que não iria comentar e disse que a universidade ainda não havia recebido a queixa.

Tamara Lanier de Norwich, Connecticut, que afirma ser tataraneta de Renty, acusou Harvard de celebrar o ex-professor que estudava uma “pseudociência racista” e de lucrar com as fotos, que foram tiradas sem o consentimento de Renty e de sua filha.

“O que eu espero que consigamos realizar é mostrar ao mundo quem Renty é”, disse Tamara durante coletiva de imprensa em Nova York. “Eu acho que esse caso é importante porque testará o clima moral desse país e forçará esse país a lidar com sua longa história de racismo”.

Reuters
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