Na televisão, Fernanda de Freitas, 31, vive uma mulher jovem e bonita, que morre de ciúmes de um homem mais velho e, digamos assim, meio fora de forma.

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Em tempos de culto à beleza e de corpos cada vez mais sarados, a Flavinha de "Tapas & Beijos" (Globo) admite que poderia acontecer o mesmo com ela na vida real.

"O amor é livre", diz. "Às vezes você se apaixona pela pessoa primeiro pelo físico, às vezes você se torna amigo da pessoa e a admira por outras qualidades que não as físicas."

Egressa do seriado "S.O.S. Emergência", onde dava vida à dra. Evelin e tentava controlar o grupo de médicos amalucados do hospital Isaac Rosenberg, ela agora tenta botar ordem na loja e nas funcionárias desvairadas do marido, Djalma (Otávio Müller).

A atriz, que evitou comparar as duas personagens, diz que voltará às novelas, se tiver oportunidade, mas não vê problemas em emendar várias temporadas da série, que tem a mesma dupla de autor e diretor de "A Grande Família" --há 11 anos no ar.

"Sucesso é bom, sempre bem vindo", disse. "Para a gente que está fazendo, nunca é a mesma coisa. Isso é tão desafiador quanto começar um novo trabalho."

Na semana passada, a atriz conseguiu uma folga nas gravações para promover o filme "Malu de Bicicleta", que ela protagonizou, em Miami.

"Fiquei bem surpresa com a receptividade do público", contou. "Foi bem bacana, senti que nos momentos de comédia que o filme tem, o público ria junto."

Leia abaixo os melhores trechos da entrevista que a atriz deu ao F5.

F5 - Como a Flavinha consegue controlar as incontroláveis Fátima e Sueli?
Na verdade, acho que ela não consegue controlar muito não, elas conseguem sempre dar o jeitinho delas. Ela, de alguma forma, tenta fazer com que o Djalma controle as duas, porque ele é o dono, mas acho que poucas vezes ela consegue. O Djalma trabalha há muitos anos com elas, trabalha com muitas mulheres, e aprendeu a lidar com elas.

No set, você também tem que controlar Andrea Beltrão e Fernanda Torres?
Só se for controlar as risadas e tentar me controlar também no riso, porque a gente se diverte muito!

O que você, Fernanda, tem da Flavinha?
Sempre temos alguma coisa dos personagens, uns mais outros menos. Da Flavinha, tenho a implicância e amor pelo meu amor.

Como é fazer uma personagem apaixonada por alguém muito mais velho e fora de forma? Consegue se imaginar na mesma situação na vida real?
Sim, com certeza, o amor é livre. Às vezes você se apaixona pela pessoa primeiro pelo físico, às vezes você se torna amigo da pessoa e a admira por outras qualidades que não as físicas. O amor pode acontecer de várias formas: pode ser à primeira vista, conhecer a pessoa há vários anos e de repente se apaixonar, ou você descobre outras qualidades que admira na pessoa e se apaixona por ela.

A equipe do "Tapas & Beijos" é praticamente a mesma que fez de "A Grande Família" um sucesso que está há mais de dez anos no ar. Te assusta ficar todo esse tempo fazendo a mesma personagem?
Não, não assusta. Sucesso é bom, sempre bem vindo. Eu fiquei quatro anos fazendo uma peça e as pessoas me perguntavam: "você não está enjoada, você não cansa de fazer? Até porque todo dia é a mesma coisa". Mas para a gente que está fazendo, nunca é a mesma coisa. O público é diferente, você chega no teatro em um dia diferente seu, experimenta coisas novas naquele mesmo texto, você descobre coisas novas. Tenho certeza que se você perguntar para os atores e para a equipe de "A Grande Família", eles vão dizer a mesma coisa. Isso é tão desafiador quanto começar um novo trabalho, porque para permanecer fazendo sucesso 11 anos, ou quatro anos como eu fiquei na peça "Ensina-me a Viver", você tem que ter muita garra, muita força de vontade e estar sempre experimentando coisas novas. É um desafio tão grande quanto de começo de trabalho.

Você entrou no elenco de dois seriados seguidos. Pretende voltar às novelas?
Eu pretendo continuar trabalhando muito, se pintar a oportunidade de fazer novela, vou fazer com o maior prazer. Adoraria fazer novela, mas continuar fazendo série também é uma delicia.